Friday, February 24, 2006

Internacional 3 x 0 Nacional



Inesquecível. Assim foi a vitória do Internacional sobre o Nacional, do Uruguai, na última quinta-feira. Justamente na sua estréia no Beira-Rio, jogando pela Copa Libertadores da América, o time de Abel Braga teve a sua melhor atuação no ano.

E poucas vezes se viu uma torcida em tamanha comunhão com o time. O Beira-Rio não lotou, mas os mais de 30 mil torcedores que foram ao estádio jogaram junto: qualquer jogada era motivo de apoio. Os uruguaios tocavam na bola e eram vaiados. O Colorado recuperava a bola e era ovacionado. Empenhados em levar o time à vitória, os colorados vibravam a cada ataque, mas também a cada carrinho ou desarme.

O resultado não poderia ser outro: aos 20min, Fernandão recebeu o passe e lançou Michel, entre os zagueiros. O atacante ainda teve tempo de livrar-se da marcação e driblar o goleiro antes de tocar para o fundo das redes do Nacional. Dois minutos depois, o Colorado fez o segundo: Michel sofreu falta ao lado da área. Ceará cobrou e Fernandão subiu mais que os zagueiros uruguaios para marcar.

O Inter mandava em campo. Com uma pegada impressionante, a equipe de Abel Braga não cedia o mínimo espaço ao time uruguaio. Na zaga, Fabiano Eller fazia uma partida brilhante. No meio, Perdigão ditava o ritmo de jogo.

Cada bola perdida era, em seguida, recuperada. Cada jogada era disputada ferrenhamente. E a torcida, na arquibancada, aplaudia. Aos 35min, por pouco Fernandão não ampliou: Rubens Cardoso foi à linha de fundo e cruzou. Na área, o centroavante colorado ganhou a disputa com os zagueiros, mas a bola saiu à direita do gol uruguaio.

E antes que terminasse a primeira etapa, o torcedor colorado ainda presenciaria uma tabelinha de encher os olhos: Fernandão lançou Tinga, que devolveu com um passe de peito. Sem deixar a bola cair, Fernandão soltou a bomba, de esquerda. Seria um gol de placa, mas a bola saiu à direita da meta defendida por Bava.




Na volta para o segundo tempo, o Colorado seguiu arrasador. Mas sem a volúpia dos primeiros 45 minutos minutos. Com o placar a favor, a equipe passou a tocar mais a bola. Seguiu em busca do gol, mas com paciência. E logo a 4min, quase chegou lá: Tinga, um dos melhores em campo, fez grande jogada individual e cruzou para Michel que, sem marcação, acabou cabeceando por cima do gol de Bava. Seis minutos depois, Michel, após belo cruzamento da direita, deu um belo peixinho, jogando-se em direção à bola. O cabeceio, entretanto, passou à esquerda do gol uruguaio.

A situação uruguaia, que já estava ruim, ficou péssima aos 17min: Iarley fazia grande jogada pela esquerda, quando levou um pontapé de Jaume. O zagueiro recebeu o cartão vermelho imediatamente, e a partir de então o Inter passou a jogar também com a vantagem numérica.

Aos 28min, um dos lances mais bonitos da partida: Rubens Cardoso recebeu o passe, avançou pela esquerda e, da quina da grande área, soltou a bomba. Bava ainda saltou para a defesa, mas a bola foi bater na sua trave esquerda. Menos mal que outro lance espetacular estava reservado ao lateral-esquerdo colorado: aos 43min, Rubens Cardoso recebeu o passe de Mossoró, ganhou a disputa com os zagueiros e, mesmo sem ângulo, deu o drible e tocou para o gol na saída do goleiro. A bola foi parar no fundo das redes de Bava.

Com uma atuação de luxo, o Internacional calou a boca de todos os críticos ao empate na Venezuela. Com a vitória, o Colorado assume a liderança do seu grupo e prova que aliado à sua apaixonada torcida pode, sim, conquistar a América. Uma batalha já foi ganha. A próxima se realiza no próximo dia 8 de março, contra o Pumas, no México.


Libertadores 2006
Internacional 3 x 0 Nacional
Beira-Rio, Porto Alegre

1 comment:

Anonymous said...

COLORADOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO! (totalmente rouco por dois dias!)