Friday, May 26, 2006

V de vitória. E um pouco de v de vingança



O Internacional vai ganhar. Eu disse isso mais de uma vez, ontem. Porque é mais do que sabido que o Inter tem dessas: perde alguns jogos bobos - como o do sábado passado, contra o Figueirense - mas vence, com certa autoridade, quando o adversário é de respeito - como foi contra o São Paulo, também no Beira-Rio.

Motivação é a palavra. O Colorado é aquele tipo de time que sempre precisa estar motivado para jogar bem. (Mal comparando, é o mesmo que a Seleção Brasileira.) E que maior motivação que enfrentar o Corinthians, justamente o time que lhe roubou o título nacional, no ano passado? Mais: em São Paulo, na casa deles? Não poderia ser diferente: o Colorado mandou no jogo, no primeiro tempo. Com Edinho, Fabinho e Alex, além da volta de Tingaz no meio-campo, a bola estava sempre com o time do Abel. Logo no início, Fernandão fez um gol, de cabeça, mas o árbitro anulou bem, já que o capitão colorado estava impedido no início do lance.

A questão é que o Inter estava muito bem armado, e o gol estava para acontecer. E aconteceu, quando Fernandão fez uma grande jogada pela esquerda, passando pela marcação e cruzando rasteiro pra dentro da área. Bem onde estava Tinga, que teve tempo de dominar e bater no contrapé de Sílvio Luiz.

Só que um time que tem Marcelo Mattos, Gustavo Nery, Rosinei, Roger e outros menos cotados não pode ser considerado presa fácil. E o Corinthians incomodou. Demais. Principalmente com Marcelinho, de volta ao Timão depois de 5 anos. O cara pode ser trintão e estar meio fora de forma, mas bate na bola como poucos. Faltou, a bem da verdade, companhia pro Pé-de-Anjo.




E o segundo tempo não foi diferente. Jorge Wagner se soltou mais, Alex passou a jogar mais para o time e o Inter tinha controle total da bola. O único setor que destoava era o ataque: Iarley não conseguia vencer a marcação, e Fernandão ia para o chão a cada trombada com os zagueiros. Por isso, fez bem o Abel em colocar o Rentería em campo. Mesmo que não viesse a jogar bem como a torcida sempre espera, o colombiano gosta desse tipo de jogo, de partir pra cima dos zagueiros, de ir pro mano-a-mano.

No meio, o time começou a cansar com o passar do tempo. Primeiro Tinga, que voltava de quase dois meses de inatividade. Depois, Fabinho, exausto após impedir Roger de jogar. E aí foi o momento de o Inter mostrar que tem grupo: Wellington Monteiro e, na sequência, Chiquinho entraram bem e ajudaram o time a manter o controle do jogo. O Corinthians foi pra cima, é claro, e Fabiano Eller quase entregou o empate ao tropeçar no salto alto, mas Clemer estava em boa noite - e, quando isso acontece, é sinal de que o Colorado vai se dar bem.

Enfim, o Internacional venceu (como eu havia dito, diga-se de passagem). E merecidamente. Foi só por 1 a 0, mas o placar não fez juz ao que o time produziu em campo. São mais três pontos que deixam o Colorado na 3ª colocação, com o mesmo número de pontos do líder Cruzeiro - exatamente seu próximo adversário.

O Beira-Rio vai tremer no próximo domingo.


Brasileirão 2006
Corinthians 0 x 1 Internacional
Morumbi, São Paulo


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P.S.: o ótimo título do post é do Rodrigol, meu companheiro de arquibancada.

Sunday, May 21, 2006

Chance perdida



Que um dia a invencibilidade do Internacional acabaria, até mesmo o torcedor mais apaixonado sabia. Ele só não esperava que fosse exatamente para o modesto Figueirense. Nem que seria de goleada. E, muito menos, em pleno Beira-Rio.

É bem verdade que a equipe catarinense estava em noite inspirada. Dos nove bons ataques que culminaram em chances de gol, o Figueira marcou em quatro (ou seja, um aproveitamento de quase 50%). E o primeiro deles, logo no início de jogo, com Schwenck. Não demorou para o Colorado empatar - Fernandão converteu pênalti sofrido por Rafael Sóbis -, mas a noite parecia ser, mesmo, catarinense. Antes que terminasse o primeiro tempo, mais uma vez Schwenck colocou sua equipe em vantagem no placar.

Chovia e fazia frio nas arquibancadas do Gigante. No campo, o time de Adílson Batista jogava como queria. Nem bem começara o segundo tempo e Cícero fez o terceiro gol dos visitantes, mexendo com as convicções de Abelão. Saíram Fabinho e Renteria, entraram Chiquinho e Iarley. E quando se pensou que o Inter poderia buscar o empate, quiçá a virada, Fininho avançou pela esquerda e cruzou para Thiago Silvy fazer o quarto gol do Figueira.

Ceará descontou poucos minutos depois, mas não havia tempo nem ânimo para a reação. E o placar ficou mesmo em 4 a 2 para os visitantes.

Surpreendente. Humilhante. Revoltante. A derrota do Internacional para o Figueirense foi, literalmente, um banho de água fria no ânimo colorado. Nem tanto pela perda dos quase dez meses de invencibilidade em casa, mas pela forma e, principalmente, pelo momento em que aconteceu. Vencesse, e o Inter poderia terminar a rodada líder isolada; derrotado, sobrou à equipe torcer pelo fracasso dos seus inimigos.

Não era o que o torcedor colorado esperava para uma noite de sábado.


Brasileirão 2006
Internacional 2 x 4 Figueirense
Beira-Rio, Porto Alegre

Wednesday, May 17, 2006

Fernandão



Fernandão é a bola da vez. Não há colorado, seja torcedor, dirigente ou conselheiro, que não se pergunte: onde joga o capitão do Internacional? Porque Fernandão chegou ao clube como meia. Mais exatamente ponta-de-lança, o famoso nº 1 do Zagallo, aquele que chega ao ataque com facilidade, auxiliando os homens de frente. Foi assim que ele fez sua melhor temporada pelo Colorado, o que lhe rendeu uma convocação para a Seleção Brasileira.

Com o passar do tempo, entretanto, Fernandão foi sendo colocado cada vez mais à frente, devido à sua grande qualidade técnica. Muricy Ramalho o escalava como meia, segundo atacante ou centroavante, de acordo com o adversário. Já Abel Braga se resolveu: o capitão colorado seria seu nº 9, seu homem de área, seu homem-gol.

Dois gols na estréia na nova posição animaram a torcida (e o jogador), mas a escassez de gols fez com que Fernandão mudasse de idéia. E com que ele conversasse com Abel Braga, pedindo uma nova chance na sua posição de origem, no meio-campo. Para o técnico colorado, na frente Fernandão é 1ª opção; no meio, brigará por posição.

Onde joga Fernandão?, pergunta o torcedor colorado.
Cabe a Abel Braga responder.

Monday, May 15, 2006

Internacional 3 x 1 São Paulo



Se havia dúvida sobre a capacidade do grupo do Internacional, ela foi sanada no domingo. Jogando contra o atual campeão do mundo, a equipe fez sua melhor partida na temporada e mostrou que está em visível crescimento.

Com um esquema exatamente igual, o 3-5-2, Inter e São Paulo fizeram um início de jogo equilibrado. Aos 8min, Índio avançou pela direita e cruzou para a área são-paulina. Souza dominou com facilidade, no segundo pau, e saiu para o jogo. Mas o zagueiro colorado já dava mostras de que seria o grande destaque da partida. Cinco minutos depois, ele abriria o placar: Jorge Wagner cruzou da direita e Índio sobiu mais que Fabão para, de cabeça, fazer 1 a 0.

Aos 16min, Renteria avançou pela direita, venceu a marcação, e cruzou para o centro da área. Souza, de carrinho, afastou pela linha de fundo, antes que Rafael Sobis chegasse para concluir. Sem Fernandão, poupado, o ataque do Inter mostrava velocidade e iniciativa.

Mas também no meio-campo a superioridade colorada era visível. Com a proteção de Bolívar, Fabinho e Edinho, Fabiano Eller e Índio surpreendiam ao subir ao ataque. Pelo meio, Jorge Wagner, Élder Granja e Alex armavam as jogadas ofensivas. Aos 29min, Alex carregou a bola e chutou de fora da área. Rogério Ceni estava atento e fez segura defesa.

Bem marcado, o São Paulo pouco jogava. Somente no início do segundo tempo a equipe de Muricy Ramalho achou espaço para chegar ao gol colorado. Logo a 3min, Souza avançou pela direita e cruzou. Aloísio se antecipou à marcação de Bolívar e empatou: 1 a 1.

O Colorado, entretanto, não se encolheu. Ao contrário, seguiu tocando a bola com qualidade no campo de ataque. E chegou ao seu segundo gol poucos minutos depois: Jorge Wagner cobrou o escanteio e novamente Índio subiu mais que a zaga tricolor para marcar: 2 a 1.

O gol reafirmou a superioridade do Colorado, que tinha controle da bola e iniciativa ofensiva. Aos 16min, Rafael Sobis se reencontrou com o gol: Fabinho ganhou de Fabão e lançou o atacante colorado que, na saída de Rogério Ceni, tocou para o fundo das redes, para ampliar. O bandeirinha, acertadamente, marcou o impedimento. O árbitro, porém, tomou a responsabilidade para si e validou o lance, gerando muitos protestos do time a da comissão técnica do Tricolor Paulista.

Aos 25min, Ricardo Oliveira entrou em campo, substituindo Danilo. Na sua primeira jogada, o atacante soltou a bomba de fora da área, para defesa em dois tempos de Marcelo Boeck. Na sequência, é o técnico colorado quem promoveu substituições em sua equipe, e Wellington Monteiro e Chiquinho substituíram Alex e Rafael Sobis. Pouco depois, novamente Ricardo Oliveira levou perigo, ao dominar na esquerda e cruzar da linha de fundo. A bola atravessou a área colorada, sem que Aloísio conseguisse concluir.

No último bom ataque da equipe são-paulina, já nos descontos, Mineiro tentou de voleio, após receber cruzamento de Ramalho. A bola saiu à esquerda do gol defendido por Marcelo Boeck.

Muito bem armado e determinado, o Internacional venceu o São Paulo com autoridade e chegou aos 13 pontos ganhos em 15 disputados, mantendo-se no topo da tabela classificação. A equipe de Abel Braga só perde a liderança para o Santos no saldo de gols. Com quatro vitórias e um empate nos cinco primeiros jogos do Brasileirão, o Colorado faz o seu melhor início de campeonato dos últimos anos, e se mostra candidatíssimo ao Penta.


Brasileirão 2006
Internacional 3 x 1 São Paulo
Beira-Rio, Porto Alegre

Friday, May 12, 2006

Libertadores 2006

Quartas-de-Final
Chave S3



Houve quem desdenhasse da equipe paraguaia do Libertad. Pois sua opinião deve ter mudado após o emocionante jogo da quinta-feira, que terminou empatado em 2 a 2.

Enfrentando o River Plate, na Argentina, os paraguaios sempre estiveram à frente no marcador e contaram com uma atuação memorável de seu goleiro, Bobadilla. Bonet também foi destaque, fazendo os dois gols da equipe. O primeiro, ainda no primeiro tempo; o segundo, logo após o empate argentino. Farias, nos minutos finais de partida, daria nova igualdade e números finais ao marcador. O resultado é quase uma vitória para o Libertad, que joga pelo 0 a 0 e pelo 1 a 1 na partida de volta. Ao River, resta vencer seu adversário em sua própria casa.

Libertad e River voltam a se enfrentar dia 18 de julho, em Asunción, no Paraguai.

River Plate 2 x 2 Libertad
Buenos Aires, Argentina

Thursday, May 11, 2006

Libertadores 2006



Quartas-de-Final
Chave S2

Enquanto teve pernas, o Internacional conteve o ímpeto da LDU. Vencia por 1 a 0 até os 13min do segundo tempo, quando permitiu o empate. Já no final da partida, Graziani marcou o gol da virada do time da casa, que venceu por 2 a 1.

Apesar de não ser um bom resultado, a derrota não chega a ser um desastre para a equipe de Abel Braga, que pode aproveitar o fato de ter feito um gol fora de casa na partida de volta, no Beira-Rio: uma vitória por 1 a 0 coloca a equipe nas semifinais da competição.

Internacional e LDU voltam a se enfrentar dia 19 de julho, em Porto Alegre.

LDU 2 x 1 Internacional
Quito, Equador


Quartas-de-Final
Chave S4



Durante 88 minutos o São Paulo conseguiu segurar o valente time do Estudiantes, jogando em Buenos Aires. Foi então que Alayes aproveitou o rebote de Rogério Ceni para marcar o único gol da partida. Foi a quinta vitória do time argentino, em cinco jogos disputados em casa.

Atual campeão da Libertadores e do Mundial da FIFA, de forma alguma o time de Muricy Ramalho está morto. Mas precisará vencer por dois gols de diferença para classificar-se às semifinais da competição. Uma vitória por 1 a 0 leva a decisão para os pênaltis.

São Paulo e Estudiantes voltam a se enfrentar dia 19 de julho, em São Paulo.

Estudiantes 1 x 0 São Paulo
Buenos Aires, Argentina

LDU 2 x 1 Internacional



Dos males o menor. Jogando na altitude de Quito, o Internacional dominou a partida enquanto teve pernas, mas acabou perdendo o jogo de ida das quartas-de-final da Copa Libertadores para a LDU. O placar de 2 a 1, entretanto, ainda mantém o clube vivo na competição.

Contra uma equipe que goleara seus adversários em casa, nos últimos três jogos, Abel Braga escalou uma equipe cautelosa. Na defesa, Bolívar e Fabiano Eller guardavam posição. No meio, Edinho protegia a zaga enquanto Fabinho, Perdigão e Alex ditavam o ritmo de jogo. Na frente, Michel era encarregado de puxar os contra-ataques, enquanto Fernandão ficava mais avançado, disputando com os zagueiros.

Como era de se esperar, foi a LDU que assustou primeiro: logo a 5min, Mendéz arriscou de fora da área. O chute saiu cruzado, com muita força e velocidade, à direita do gol defendido por Marcelo Boeck. Cauteloso, o Colorado trocava passes e procurava manter a posse de bola no maior tempo possível. Com o passar do tempo, a equipe de Abel foi superando a pressão equatoriana e se soltando para o ataque. Até que, aos 25min, abriu o placar: Jorge Wagner avançou pela esquerda e, da entrada da área, soltou a bomba. O chute saiu rasteiro e a bola entrou no canto esquerdo, fora do alcance do goleiro Mora.

O gol abalou a equipe da casa. Três minutos depois, o mesmo Jorge Wagner quase ampliou, num lance muito parecido com o do gol. Desta vez, entretanto, o chute saiu alto, com muita força. E Mora, no centro do gol, praticou uma grande defesa. A partir de então, a LDU resolveu reagir com mais força. Aos 30min, Delgado cabeceou para o fundo das redes, mas o lance foi anulado por impedimento do atleta equatoriano.

A resposta colorada veio aos 45min: Michel fez boa jogada indivual e cruzou da direita. Fernandão escorregou, mas conseguiu vencer a marcação e cabecear, para ótima defesa de Mora. Por pouco, o Colorado não ia para o intervalo com uma vantagem maior no placar.




Atrás no marcador, a LDU voltou para a segunda etapa disposta a reverter a situação. Mas foi o Inter que quase ampliou, logo a 3min: Fabinho avançou pela esquerda e, de fora da área, chutou rasteiro. Mora fez defesa parcial, mas Fernandão não chegou a tempo de concluir, permitindo a recuperação do goleiro equatoriano.

Aos 9min, Élder Granja e Michel discutiram e levaram cartão amarelo do árbitro Horacio Elizondo. Aproveitando o breve momento de descontrole da equipe de Abel, a LDU empatou poucos minutos depois: após falha de marcação da zaga colorada, Marcelo Boeck não conseguiu segurar o chute de Méndez e, no rebote, Delgado tocou para o fundo das redes.

A torcida presente ao estádio sentiu que aquele era o melhor momento de sua equipe e passou a vibrar e empurrar o time, da arquibancada. Em campo, começava a faltar fôlego ao Colorado, e Abel Braga começou as alterações na equipe: cansado, Perdigão deu lugar a Ceará.

Na LDU, Graziani entrou em lugar de Palacios. Aos 20min, Marcelo Boeck evitou a virada ao defender espetacularmente o chute de Reasco. Abel mandou Renteria a campo, em lugar de Fernandão, e o Inter não conseguiu mais segurar a bola no ataque. Aos 33min, novamente Reasco chutou com perigo. E, mais uma vez, o goleiro colorado praticou uma grande intervenção.

Na última substituição do técnico colorado, Rubens Cardoso entrou em lugar de Alex. E foi justamente pelo lado esquerdo que a LDU chegou ao segundo gol, aos 38min: Reasco cruzou na área, Bolívar falhou na marcação e Graziani, livre, encostou de cabeça para fazer o gol da vitória.

Nos minutos finais de jogo, ficou evidente que faltou pernas para o Internacional segurar o empate que lhe daria a vantagem de jogar por um empate sem gols, no Beira-Rio. A derrota por 2 a 1, entretanto, passa longe de ser um desastre: uma magra vitória por 1 a 0, no jogo da volta, coloca o clube entre os quatro melhores da Copa Libertadores.


Libertadores 2006
LDU 2 x 1 Internacional
Quito, Equador

Wednesday, May 10, 2006

Começar de novo



Colorado,

esquece tudo que aconteceu até agora. O Internacional chegou às quartas-de-final, mas a partir de hoje é outra história. Agora, a Copa Libertadores começou de verdade. E se a gente quer conquistar a América, vai ter que estar sempre ao lado do Colorado.

Clica na foto pra ver o anúncio que a gente preparou para este dia tão importante, e que infelizmente não foi veiculado.


Agora é guerra!

Libertadores 2006

Quartas-de-Final
Chave S1



O Vélez Sarsfield conquistou um bom resultado, na primeira partida pelas quartas-de-final da Copa Libertadores. Jogando no México, a equipe argentina empatou em 0 a 0 com o Chivas e segue considerada a grande favorita a levar o título continental.

Resta ver como se comportará a equipe mexicana, que fez seus últimos jogos sem alguns de seus principais jogadores, liberados para integrar a delegação do país que vai à Alemanha. Como o jogo da volta realiza-se depois da Copa do Mundo, o Chivas deve voltar a ser uma equipe extremamente competitiva. Um empate com gols, por exemplo, leva os mexicanos às semifinais.

Vélez e Chivas voltam a se enfrentar no dia 20 de julho, em Buenos Aires, na Argentina.

Chivas 0 x 0 Vélez Sarsfield
Guadalajara, Mexico

Tuesday, May 09, 2006

Beira-Rio



Colorado, Colorado
Nada vai nos separar
Somos todos teus seguidores
Para sempre vou te amar!

Sunday, May 07, 2006

Atlético-PR 1 x 2 Internacional



Foi mais uma vez com time misto que o Internacional entrou em campo pelo Campeonato Brasileiro. Visando a participação nas oitavas-de-final da Copa Libertadores, meio time titular foi preservado na partida deste domingo, frente ao Atlético-PR.

O que não impediu a equipe de Abel Braga de realizar um ótimo futebol. Logo a 3min de jogo, Michel teve a primeira grande chance de marcar, após receber excepcional lançamento de Perdigão. Mas o goleiro atleticano saiu em tempo e praticou uma grande intervenção, evitando o gol.

Aos 10min, mais uma vez Perdigão fez um ótimo passe, desta vez para Adriano. Dentro da área, o meia chutou fraco, para fácil defesa de Cléber. Dois minutos depois, Jorge Wagner cruzou e, na falha do goleiro, Michel tocou para o fundo das redes. O árbitro, entretanto, anulou o lance, marcando corretamente o impedimento do atacante colorado.

O Inter mandava no jogo. Com Wellington Monteiro protegendo os zagueiros e Perdigão comandando o meio-campo, o gol era iminente. E chegou aos 19min: Adriano lançou Renteria entre os zagueiros, o colombiano saiu da marcação e, na saída de Cleber, fez 1 a 0. Três minutos depois, o Colorado quase ampliou, depois de desarmar um ataque do Furacão: Perdigão deixou para Jorge Wagner que, de fora da área, chutou forte. A bola saiu cruzada, à esquerda do gol.

Aos 30min, Renteria desperdiçou uma chance incrível: Perdigão, o dono da bola, lançou Michel, que preferiu o passe para o colombiano, melhor colocado, a fazer o gol. Sem marcação, e sem goleiro, Renteria chutou muito mal, por cima do travessão.

Dois minutos depois, o Atlético-PR assustou, e Clemer fez grande defesa após chute do lateral-esquerdo Ivan. Aos 38min, o Furacão empatou: Dagoberto cobrou o escanteio rasteiro, quatro jogadores colorados falharam, em sequência, e a bola sobrou para o zagueiro Danilo bater colocado, fora do alcance de Clemer: 1 a 1. Antes que terminasse o primeiro tempo, aos 42min, Rafael Sobis ainda tentou o gol, chutando de fora da área. Mas Cléber estava atento e mandou para escanteio.

A volta para a segunda etapa mostrou um Furacão disposto a empatar. O Colorado, por sua vez, não se encolheu, e aos poucos voltou a dominar o jogo.

Aos 13min, após boa troca de passes, Renteria deixou a bola para Edinho soltar a bomba, de fora da área. Cléber fez grande defesa. Poucos minutos depois, o colombiano deixou o campo, para a entrada de Iarley. E na primeira jogada do meia na partida, ele recuperou a bola e deixou para Perdigão fazer ótimo passe para Michel. Dentro da área, o atacante deixou para Rafael Sóbis, que chutou em cima do goleiro.

Em contra-ataque, aos 33min, Iarley foi derrubado por Paulo André quando entrava na área para fazer o gol. O árbitro marcou o pênalti e expulsou o zagueiro atleticano. Na cobrança, Jorge Wagner fez 2 a 1, placar final de jogo.

No último lance da partida, Alan Bahia perdeu o gol de empate dentro da área colorada, após cobrança de escanteio de Fabrício. E o Internacional voltou de Curitiba com mais uma vitória, que o mantém na liderança do Brasileirão, em número de pontos.

O clube, agora, se volta para seu grande objetivo do ano: a conquista da América. Na próxima quarta-feira, enfrenta a LDU, em Quito, no Equador.


Brasileirão 2006
Atlético-PR 1 x 2 Internacional
Arena da Baixada, Curitiba

Friday, May 05, 2006

Libertadores 2006

Oitavas-de-Final
Chave E



Precisando vencer por três gols de diferença para se classificar, o Goiás foi para cima do Estudiantes. Depois de 45 minutos de 0 a 0, Vitor marcou o primeiro logo a 6min da segunda etapa. Aos 20min, Nonato fez o 2 a 0, deixando tudo igual na decisão. Dez minutos depois, a ducha de água fria: Pavone venceu a marcação e cruzou para Caderón, livre, descontar para o time argentino e calar o Serra Dourada.

Juliano, já nos descontos, fez 3 a 1 para o time da casa, mas era muito tarde para buscar o placar necessário. E a equipe de La Plata, na próxima fase, enfrenta outro time brasileiro: o São Paulo, atual campeão da competição.

Goiás 3 x 1 Estudiantes
Serra Dourada, Goiânia


Oitavas-de-Final
Chave C



Em um jogo marcado pela selvageria da sua torcida, o Corinthians não conseguiu reverter a vantagem do time argentino, conquistada no jogo de ida, e amargou mais uma derrota para o River Plate

O Timão chegou a sair na frente, no final do primeiro tempo, quando Nilmar aproveitou a cobrança de falta de Ricardinho para abrir o placar. Mas o time argentino resistiu bravamente, e Gallardo empatou. Quando pensava na estratégia final para conseguir a vitória, o Corinthians sofreu a virada, gol de Higuain. Dez minutos depois, o mesmo Higuain marcou novamente e deu números finais ao placar: 3 a 1 para os visitantes.

Foi o bastante para a torcida alvi-negra se insurgir contra seu clube do coração e ameaçar invadir o campo. O árbitro, acertadamente, deu por encerrada a partida e o River voltou à Argentina classificado às quartas-de-final. Vai enfrentar, agora, o Libertad, do Paraguai.

Corinthians 1 x 3 River Plate
Pacaembu, São Paulo


Oitavas-de-Final
Chave B



Na única disputa marcada por dois 0 a 0, Libertad, do Paraguai, e Tigres, do México, tiveram que decidir a vaga às quartas-de-final da Libertadores na cobrança de penalidades máximas.

Melhor para o time paraguaio, que converteu todas as suas cobranças e viu Emilio Martinez errar a cobrança, pelo time mexicano. Martin Hidalgo marcou o último pênalti, que deu a vitória ao Libertad, por 5 a 3. Na sequência da competição, os paraguaios enfrentam os argentinos do River Plate.

Libertad 0 (5) x (3) 0 Tigres
Asunción, Paraguai

Thursday, May 04, 2006

Internacional 0 x 0 Nacional



Foi um sufoco. Naquela que provavelmente foi sua pior partida nesta temporada, o Internacional precisou da ajuda do árbitro para sair do Beira-Rio classificado às quartas-de-final da Copa Libertadores.

Apesar do frio em Porto Alegre, mais de 30 mil colorados estiveram no Gigante, na noite da quarta-feira. E o torcedor levou um susto, logo a três minutos de jogo: após cobrança de falta na área, Vanzini cabeceou para o gol. O auxiliar, equivocadamente, marcou o impedimento do capitão uruguaio e salvou o Inter de começar a partida atrás no placar.

Aos poucos, o Inter se assentou em campo e passou a controlar a bola e a sair para o ataque com qualidade, principalmente pelo lado direito, com Élder Granja. Aos 12min, o ala-direito aproveitou um rebote da defesa e chutou à direita do gol uruguaio. No minuto seguinte, Granja driblou dois adversários e cortou para o meio, mas o chute saiu fraco, em cima do goleiro Bava.

Com o apoio da torcida, a equipe cresceu em campo. Mas atacava de forma equivocada, com bolas longas ou cruzamentos para a área, buscando Fernandão. Somente aos 35min o Colorado voltou a atacar com eficiência, e novamente com seu ala-direito: após tabela com Mossoró, Élder Granja tentou encobrir o goleiro, de fora da área, mas a bola passou sobre o travessão.

A resposta do Nacional veio dois minutos depois, com Vanzini. Mas o cabeceio saiu fraco, no meio do gol, exatamente onde estava Clemer.




Nem bem voltara para o segundo tempo e o Colorado levou outro susto. Albin levantou na área, Clemer saiu mal e a bola foi tocada para Vanzini que, livre de marcação, tocou para o gol. Novamente, o árbitro paraguaio Carlos Soares invalidou o lance. Errando e acertando ao mesmo tempo: errando, porque não houve a alegada falta em Clemer; acertando, porque o capitão do Nacional estava impedido quando fez o gol.

Aos 14min, Iarley entrou em lugar de Márcio Mossoró e deu novo ânimo ao ataque colorado. Quatro minutos depois, Jorge Wagner cruzou da esquerda e Fernandão cabeceou à direita do gol defendido por Bava. Aos 30min, novamente o ala-esquerdo avançou pelo meio e obrigou Bava a uma ótima defesa, após belo chute de fora da área. Logo depois, o goleiro uruguaio deixou a meta para interceptar uma bola que ia para Adriano, evitando um bom ataque colorado.

Com Perdigão e Michel em lugar de Alex e Adriano, o Colorado passou a tocar a bola, esperando o tempo passar. Não fosse a cabeçada de Fernandão defendida por Bava, aos 40min, e a equipe teria acabado a partida sem levar maior perigo ao gol visitante.

Depois de uma atuação decepcionante do Internacional, sobrou ao torcedor, na arquibancada, vibrar pela classificação. O próximo desafio do clube é a LDU, do Equador. Antes, no entanto, a equipe enfrenta o Atlético-PR, em Curitiba, pelo Campeonato Brasileiro.


Libertadores 2006
Internacional 0 x 0 Nacional
Beira-Rio, Porto Alegre

Libertadores 2006

Oitavas-de-Final
Chave D



Como era de se esperar, São Paulo e Palmeiras fizeram um jogo muito disputado, na última quarta-feira. O atual campeão continental (e mundial) chegou a sair na frente, com Aloísio, mas logo no início da segunda etapa Washington empatou, após cobrança de falta.

As equipes repetiam o placar da primeira partida até que, aos 40min, o árbitro marcou um pênalti extremamente discutível de Cristian em Junior. Rogério Ceni cobrou, fez seu 63º gol na carreira, e o segundo de sua equipe. Placar final, 2 a 1.

O time de Muricy Ramalho, nas quartas-de-final, enfrentará o Estudiantes, de La Plata, que eliminou o Goiás ao fazer um gol na partida de volta, no Serra Dourada.

São Paulo 2 x 1 Palmeiras
Morumbi, São Paulo


Oitavas-de-Final
Chave F



Com participação importantíssima do árbitro paraguaio Carlos Torres, o Internacional segurou o empate no jogo da volta, no Beira-Rio, e se classificou para as quartas-de-final da Libertadores.

O placar de 0 a 0, frente ao Nacional, foi conquistado graças a uma falha da arbitragem logo a 2 minutos de partida, quando o time uruguaio teve um gol mal anulado, por impedimento inexistente. Surpreendido pela boa atuação do adversário, o time de Abel Braga não realizou boa partida, mas valeu-se da vantagem conquistada no jogo de ida.

Na próxima fase, o Colorado enfrenta a LDU, do Equador, que despachou o Atlético Nacional, da Colômbia, com mais uma vitória.


Oitavas-de-Final
Chave A



O Vélez Sarsfield, melhor equipe da Copa Libertadores, fez valer sua vantagem do primeiro jogo frente ao Newell's Old Boys, e se classificou para as quartas-de-final.

Com um gol de Dario Ocampo já nos descontos, o Vélez arrancou um empate em 2 a 2, jogando em Buenos Aires, e manteve a invencibilidade na competição. Agora, a equipe argentina enfrenta os mexicanos do Chivas, de Guadalajara.

Vélez Sarsfield 2 x 2 Newell's Old Boys
Buenos Aires, Argentina

Wednesday, May 03, 2006

Internacional 1 x 0 Flamengo



Numa partida em que ficou devendo uma melhor apresentação à torcida, o Internacional fez o dever de casa: mesmo com todas as dificuldades, venceu o Flamengo, por 1 a 0, e já está disputando a ponta da tabela.

Com o foco princial na Libertadores, Abel Braga escalou um time misto para enfrentar o Rubro-Negro do Rio. A idéia do esquema com três zagueiros, ensaiada no primeiro confronto contra o Nacional, no Uruguai, se fez mais concreta, e Wellington Monteiro fez sua estréia jogando como líbero. (Mais tarde, o jogador seria eleito o grande nome da partida.)

O Colorado tinha maior posse de bola, tinha controle do jogo, mas o Flamengo era bem mais perigoso. Principalmente com Obina, pelo lado esquerdo de ataque. Aos 28min, o Colorado fez o gol que definiria sua vitória: Iarley sofreu falta na entrada da área e Alex cobrou com perfeição, no ângulo esquerdo de Diego.

Foi o que de melhor o Inter apresentou. Porque os cariocas, mesmo com a expulsão de Obina após duas simulações de falta dentro da área de Clemer, seguiam preocupando a zaga colorada. Aos 24min, Valter Minhoca venceu a marcação e chutou rasteiro, no canto. A bola atingiu em cheio o poste direito de Marcelo Boeck, antes de ser afastada.

O técnico colorado ainda tirou Michel, Iarley e Índio para as entradas de Léo, Chiquinho e Ceará. O time cresceu e criou boas oportunidades gol (uma delas, perdida por Renteria em frente a um gol vazio), mas o placar se manteve até o final da partida. E o Internacional chega a seu terceiro jogo no Campeonato Brasileiro com duas vitórias e um empate. Um belo começo para uma equipe que tem os olhos voltados para a América.


Brasileirão 2006
Internacional 1 x 0 Flamengo
Beira-Rio, Porto Alegre

Te vejo no Beira-Rio



(clique para ampliar)

Libertadores 2006

Oitavas-de-Final
Chave G



Com um gol de Méndez, aos 40min do primeiro tempo, a LDU venceu também a segunda partida contra o Atlético Nacional e sacramentou a classificação às quartas-de-final da Copa Libertadores.

A equipe colombiana, assim como na partida no Equador, esteve irreconhecível. Apesar de pressionar logo no início da partida, não conseguiu produzir uma boa chance de gol. Aristizábal chegou a marcar um gol para a equipe da casa, mas o árbitro, acertadamente, marcou impedimento no lance e o anulou. Já os equatorianos, apesar da vantagem, em nenhum momento deixaram de jogar para vencer. Não se arriscaram, é verdade, mas tampouco se fecharam na defesa - como se poderia esperar.

Com um placar conjunto de 5 a 0 (4 a 0 no jogo de ida; 1 a 0, no de volta), a Liga Deportiva Universitaria chega à fase seguinte da Libertadores cheia de moral, pronta para brigar pelo título.

Atlético Nacional 0 x 1 LDU
Medellín, Colômbia


Oitavas-de-Final
Chave H



Jogando em um gramado de estado lamentável, Independiente, de Santa Fe e Chivas, de Guadalajara, fizeram um jogo de doer.

A partida até que começou emocionante. Antes do primeiro minuto de jogo, o time da casa já perdia uma ótima chance para abrir o marcador. Como resposta, os mexicanos fizeram o primeiro gol aos 10min, com López. Preciado empataria aos 37min, no último lance de perigo do primeiro tempo.

Com um gol logo aos 5min da segunda etapa, o Independiente mostrou que estava disposto a reverter a situação. Entretanto, a equipe colombiana atacava desordenadamente, e permitia perigosos contra-ataques do Chivas. Montoya chegou a fazer mais um para os colombianos, quase ao final da partida, mas a vantagem construída no jogo de ida garantiu o time do México nas quartas-de-final da competição.

Independiente 3 x 1 Chivas
Bogotá, Colômbia

Monday, May 01, 2006

Nacional 1 x 2 Internacional



Na última quinta-feira, o Internacional deu um grande passo em direção às quartas-de-final da Copa Libertadores. Jogando em Montevideo, o Colorado venceu por 2 a 1, de virada, e praticamente garantiu sua classificação.

O Inter poderia ter aberto o placar logo no início da partida: eram 4min quando Vanzini errou a atrasada para o goleiro e entregou a bola de presente para Fernandão. Frente a frente com Bava, o capitão alvi-rubro errou a passada e desperdiçou uma chance extraordinária.

Aos 13min, foi a vez de Rafael Sobis perder mais uma oportunidade incrível: Jorge Wagner fez o cruzamento, mas o atacante não teve o domínio da bola e permitiu a recuperação do goleiro uruguaio.

O Nacional, por sua vez, insistia nas bolas altas. E abriu o placar em uma cobrança de escanteio: Vanzini subiu mais alto que toda a zaga colorada e, de cabeça, mandou para o gol. A bola foi em cima de Clemer, que não conseguiu praticar a defesa: 1 a 0.

Em mais um ataque uruguaio, o goleiro colorado teve a chance de se redimir: Bolívar recebeu de Castro, entrou na área e soltou a bomba. Clemer fez uma grande defesa e evitou o segundo gol do time da casa.

O Colorado chegou ao empate também em lance de boa parada. Fabinho sofreu falta na entrada da área e Jorge Wagner cobrou com perfeição: 1 a 1.




Com a igualdade no placar, o Inter voltou a campo, no segundo tempo, querendo mais. Renteria entrou em lugar de Rafael Sobis e, logo em seu primeiro lance no jogo, quase marcou após receber bom passe de Alex.

Aos 18min, nova chance do Colorado, novamente com Renteria: Adriano fez uma grande jogada pelo meio e lançou o colombiano, na direita. Da entrada da área, Renteria soltou a bomba, mas o chute saiu com muita força, por cima do gol de Bava.

No lance seguinte, entretanto, o colombiano não desperdiçou. E ainda presenteou o torcedor colorado com um gol de placa: após receber passe de Fernandão, Renteria deu um chapéu no marcador e, sem deixar a bola cair, mandou no ângulo esquerdo do gol defendido por Bava. Um golaço.

A comemoração, exacerbada, rendeu um cartão amarelo ao atacante. Não haveria maior problema, se, aos 31min, Renteria não houvesse recebido o segundo, após retardar uma saída de bola do goleiro. A consequência foi o cartão vermelho, e a expulsão. O Inter passou a jogar com um a menos, e Ediglê entrou em campo para reforçar o setor defensivo. Quatro minutos depois, também o zagueiro seria expulso após falta violenta em Ruiz.

E foi com nove jogadores em campo que o Internacional segurou o resultado até os 49min e voltou de Montevideo com uma grande vitória, que permite à equipe de Abel Braga até mesmo perder a partida de volta por 1 a 0. As duas equipes voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira, no Beira-Rio.


Libertadores 2006
Nacional 1 x 2 Internacional
Montevideo, Uruguai