Friday, April 28, 2006

Libertadores 2006

Oitavas-de-Final
Chave A



No confronto entre os dois times argentinos, deu a lógica: o Vélez Sarfield, dono da melhor campanha entre os 16 times que disputam as oitavas-de-final da Copa Libertadores, venceu o Newell's Old Boys. E com certa facilidade.

Com a goleada de 4 a 2, conquistada no estádio adversário, o Vélez tornou praticamente impossível a tarefa de seu adversário, de reverter a situação. E confirmou que é candidatíssimo ao título.

Newell's Old Boys 2 x 4 Vélez Sarsfield
Rosario, Argentina


Oitavas-de-Final
Chave F



Com um gol de placa do colombiano Rentería, o Internacional venceu o primeiro jogo contra o time uruguaio e garantiu uma grande vantagem para o jogo de volta, no Beira-Rio. O 2 a 1, conquistado na casa do adversário, permite que a equipe de Abel Braga até mesmo perca por 1 a 0 para se classificar às quartas-de-final da competição.

Desta vez, nem a mística uruguaia ajudou um futebol que só faz decair a cada ano que passa. Ao Nacional, resta a ingrata tarefa de vencer a melhor equipe brasileira na Libertadores sem levar um gol sequer.

Nacional 1 x 2 Internacional
Montevideo, Uruguai


Oitavas-de-Final
Chave B



Apesar de o futebol mexicano viver um bom momento, o Tigres não saiu do 0 a 0, jogando em Monterrey. Méritos para o Libertad, uma equipe sólida que soube jogar pelo resultado que lhe interessava.

A definição da vaga fica para o jogo da volta, em Assunção. E mesmo que a equipe paraguaia jogue em casa, não há nada decidido. O time mexicano pode, muito bem, surpreender. E manter a boa tradição das equipes do país na competição continental.

Tigres 0 x 0 Libertad
Monterrey, Mexico

Thursday, April 27, 2006

Libertadores 2006

Oitavas-de-Final
Chave D



Palmeiras e São Paulo fizeram um jogo disputadíssimo no Parque Antarctica, bem como se esperaria de um clássico. E mostraram que, em futebol, o favoritismo ou se prova dentro de campo ou fica na pura teoria.

Humilhados após a derrota para o Figueirense, pelo Brasileirão, os palmeirenses viram nos confrontos contra o atual campeão do mundo a chance de se recuperar moralmente. Só não contavam com uma falha grotesca de Gamarra - muito bem aproveitada por Aloísio, para abrir o placar. Menos mal que, ainda no primeiro tempo, Edmundo empataria em cobrança de pênalti.

O placar de 1 a 1 dá a vantagem ao São Paulo, que se classifica com um novo empate, sem gols, na partida de volta. Mas, na atual conjuntura, nem mesmo jogar no Morumbi pode garantir a vaga ao time de Muricy Ramalho. Até porque o Palmeiras promete brigar muito por ela.

Palmeiras 1 x 1 São Paulo
São Paulo, Brasil


Oitavas-de-Final
Chave C



Até os 47min do segundo tempo, o Corinthians amargava uma derrota por dois gols de diferença e via cair por terra suas chances de classificação às quartas-de-final da Libertadores. Foi quando Xavier venceu a zaga argentina e, de cabeça, fez o segundo gol da equipe de Carlitos Tevez. O gol foi exultado, e com muita razão: agora, uma vitória de 1 a 0, no jogo de volta, dá a vaga ao Timão.

Dessa vez, foi o time argentino que não suportou a pressão: o River Plate vencia com certa facilidade e comemorava a vitória por 3 a 1, quando, em um momento de descuido, permitiu que o time brasileiro descontasse no placar. Agora, o Timão tem tudo para, em São Paulo, reverter a situação.

Mas, para isso, terá que fazer muito mais do que fez nesta noite: se depender somente dos lampejos de Tevez, corre sério risco de ver o sonho da LIbertadores ficar para o ano que vem.

River Plate 3 x 2 Corinthians
Buenos Aires, Argentina


Oitavas-de-Final
Chave H



Chivas e Independiente fizeram o pior jogo das oitavas-de-final da Libertadores até então. Se a equipe de Guadalajara surpreendeu na primeira fase ao vencer os dois jogos contra o São Paulo (atual campeão continental e mundial), sem seis jogadores titulares, cedidos à seleção mexicana, não se mostrou um adversário tão perigoso.

O placar dilatado, 3 a 0, deveu-se muito mais à má jornada do time colombiano, que nos minutos finais de partida parecia feliz com a derrota. O Chivas chegou à goleada naturalmente: Esparza abriu o placar, aos 44min do primeiro tempo. Borboa fez o segundo, logo a 5min do segundo. E Medina fechou o placar, a dez minutos do fim da partida.

Com três gols de desvantagem, o Independiente Santa Fe precisa de uma vitória por quatro gols de diferença para conquistar a classificação. A julgar pela disposição da equipe colombiana ao final da partida, o Chivas Guadalajara já pode se considerar nas quartas-de-final.

Chivas 3 x 0 Independiente
Guadalajara, México

Wednesday, April 26, 2006

Libertadores 2006

Oitavas-de-Final
Chave E



A partida entre Goiás e Estudiantes, em Quilmes, mostrou porque os brasileiros preferem evitar confrontos com argentinos na Libertadores da América.

Durante grande parte do jogo, o Goiás conseguiu resistir à pressão, principalmente por contar com Harlei, um goleiro extraordinário. A expulsão de Souza, entretanto, foi determinante para a derrota do time goiano, que acabou sucumbindo à pressão argentina nos dez minutos finais de partida. Galván abriu o marcador, aos 35min. Sete minutos depois, o Goiás teve mais um expulso, e a pressão ficou insuportável. Quase nos descontos, Calderón cobrou um pênalti com perfeição para sacramentar a vitória do time da casa.

A derrota por 2 a 0 deixa o Goiás em situação delicada: o time precisará vencer por três gols de diferença no jogo de volta, em Goiânia, para conseguir a classificação. O grande problema é que, nos últimos nove jogos, os comandados de Geninho marcaram apenas um mísero gol.

Estudiantes 2 x 0 Goiás
Quilmes, Argentina


Oitavas-de-Final
Chave G



A LDU, equipe que é base da seleção equatoriana, precisou de apenas dez minutos para abrir o placar frente ao Atlético Nacional, da Colômbia. Mais três minutos de jogo, e Murillo fez o seu segundo gol na partida, para dar à equipe do Equador uma boa vantagem ainda no primeiro tempo.

No segundo tempo, o time colombiano voltou melhor, mas foi a LDU que ampliou, com um golaço de Vera, de fora da área. Quando o Atletico tentava a recuperação, outro baque: Candelario, em sua primeira participação no jogo, acertou um belo chute no ângulo de Saldarriaga e fechou o placar em 4 a 0.

Segundo colocado do Grupo 5, a Liga Deportiva Universitaria surpreende, praticamente garantindo sua classificação no primeiro jogo das oitavas-de-final. Isso porque, no jogo de volta, o Atletico Nacional precisa vencer por 5 a 0 para reverter a situação - um placar que, hoje, soa impossível.

Pintou o adversário do Internacional nas quartas-de-final.

LDU 4 x 0 Atletico Nacional
Quito, Equador

Monday, April 24, 2006

Internacional 1 x 0 Santa Cruz



Três pontos em casa, um ponto fora. Essa é a conta do Internacional para chegar ao Tetracampeonato Brasileiro. Sendo assim, o time de Abel Braga está fazendo a lição: depois de um empate na primeira rodada, o Inter estreou no Beira-Rio com uma vitória e melhorou consideravelmente sua posição na tabela de classificação.

Não foi uma grande partida, é verdade. Mas há de se considerar que a equipe jogou com um time bem diferente do que vem jogando. E que Élder Granja e Rafael Sobis, recém promovidos à titularidade, ainda estão pegando ritmo de jogo.

A grande novidade foi a entrada de Chiquinho no meio-campo colorado. Com a manutenção de Jorge Wagner na lateral-esquerda, coube ao xodó da torcida, ao lado de Perdigão, articular as jogadas de ataque da equipe. E Chiquinho não se saiu bem. Demorou para achar sua posição em campo e fez um primeiro tempo irregular. Em compensação, Márcio Mossoró, o substituto de Tinga, foi um destaques. Aos 37min, ele teve a oportunidade de abrir o placar ao receber a bola dentro da área, mas o chute saiu por cima do travessão.

O Santa Cruz, por sua vez, quase surpreendeu aos 23min: Osmar cruzou na área, Clemer ficou no meio do caminho e Valença cabeceou pela linha de fundo. Aos 35min, Carlinhos Bala cobrou a falta, Clemer novamente passou batido no lance, mas, para a sorte do goleiro colorado, Valença cabeceou para fora.

O Colorado só chegaria com real perigo aos 44min: Renteria recebeu de Perdigão, entrou na área e chutou cruzado. A bola cruzou a área, saindo à direita do gol defendido por Gilmar.

Para o segundo tempo, o Colorado voltou com Adriano em lugar Mossoró. E, logo a 2min, abriu o placar: Chiquinho levou a bola até a entrada da área adversária e fez um passe espetacular para Renteria. O colombiano dominou, girou sobre o marcador e, de perna esquerda, chutou rasteiro, no canto direito de Gilmar. Logo depois, Chiquinho teve a chance de se consagrar, mas preferiu chutar gol a fazer o passe para um companheiro melhor colocado. O chute saiu torto, à esquerda do gol.

O Inter jogava melhor e dominava a partida, até que, aos 21min, Perdigão foi expulso ao receber o segundo cartão amarelo, depois de mais um carrinho. Com um jogador a menos na marcação, a equipe se complicou e passou a oferecer generosos contra-atques ao Santa Cruz. Aos 25min, Xavier cruzou da esquerda e Val Baiano concluiu, à queima-roupa. Clemer fez uma defesa extrordinária, com o pé esquerdo, evitando o empate. No rebote, Carlinhos Bala chutou por cima do gol.

Cinco minutos depois, outro ataque perigosíssimo da equipe visitante: Carlinhos Bala avançou livre pela esquerda e cruzou, rasteiro. Val Baiano partiu para o chute, mas foi pressionado pela zaga e acabou chutando para fora.

Abel Braga colocou Michel em campo, em lugar da Rafael Sobis, e o Colorado voltou a ameaçar o adversário. Aos 38min, após cobrança de falta, Gilmar sai mal do gol e Bolívar cabeceia para o gol aberto. A bola, ironicamente, bate nas costas do atacante antes de afastada pela zaga. Aos 44min, Michel faz bela jogada individual, dando uma janelinha no marcador e cruzando. A bola passa por Adriano e chega em Renteria, que domina e chuta para fora.

Daria tempo de o Santa Cruz ameaçar mais uma vez, em mais uma saída equivocada de Clemer, mas o cabeceio de Val Baiano acabou saindo pela linha de fundo, para alívio dos quase 20mil colorados presentes no Beira-Rio.

Considerado um dos favoritos à conquista do título, o Internacional teve dificuldades, mas venceu. E é isso que importa. Agora, o time de Abel Braga se volta para seu grande objetivo na temporada: a Copa Libertadores. Na próxima quinta-feira, a equipe enfrenta o Nacional, no Uruguai. Pelo Campeonato Brasileiro, a equipe volta a campo no próximo domingo, quando recebe o Flamengo, no Gigante.


Brasileirão 2006
Internacional 1 x 0 Santa Cruz
Beira-Rio, Porto Alegre

Sunday, April 23, 2006

A guerra começa na quinta

Na úlima sexta-feira, após o término da primeira fase, a Confederação Sul-Americana de Futebol divulgou as datas dos confrontos das oitavas-de-final da Copa Libertadores da América.

Internacional e Nacional se enfrentam na próxima quinta-feira, dia 27 de abril, no Estádio Parque Central, em Montevideo. A partida se inicia às 19 horas. Já o jogo de volta acontece em 3 de maio, às 21h45min, no Gigante da Beira-Rio.


Agora é guerra.

Saturday, April 22, 2006

Novamente, os uruguaios

Definido o adversário do Internacional na Copa Libertadores da América: é o Nacional, do Uruguai, justamente uma das equipes que o Colorado enfrentou na fase classificatória.


Confira os confrontos:

Oitavas-de-final
1. Vélez Sarsfield x Newell's Old Boys
2. Santa Fé x Chivas Guadalajara
3. São Paulo x Palmeiras
4. Goiás x Estudiantes
5. Internacional x Nacional
6. Atlético Nacional x LDU
7. Corinthians x River Plate
8. Libertad x Tigres

Quartas-de-final
A. Vencedor 1 x Vencedor 2
B. Vencedor 5 x Vencedor 6
C. Vencedor 7 x Vencedor 8
D. Vencedor 3 x Vencedor 4

Semifinais
Vencedor A x Vencedor D
Vencedor B x Vencedor C


Apesar do retrospecto amplamente favorável (3 a 0 no Beira-Rio e 0 a 0 em Montevideo), o torcedor colorado sabe que, a partir deste ponto, a competição muda radicalmente. São jogos de mata-mata, em que a participação da torcida é fundamental. E somente com a transformação do Gigante em um verdadeiro caldeirão o time de Abel Braga chegará à tão almejada conquista da América.

Agora é guerra.

Wednesday, April 19, 2006

Internacional 4 x 0 Maracaibo



Tranquilidade. Era tudo o que o Internacional precisava para superar os quatro empates consecutivos e o trauma da perda do título regional. E o comportamento da torcida colorada, motivo de dúvida até o início da partida, foi exemplar. Houve quem vaiasse o técnico Abel Braga diga-se a verdade; mas, em momento algum, os quase 20mil colorados que foram ao Beira-Rio deram as costas ao time. E o resultado não poderia ser outro: uma bela vitória e a confirmação da classificação às oitavas-de-final da Copa Libertadores.

O primeiro tempo da equipe foi relutante. Mesmo com o controle absoluto da bola, era evidente que o Inter não pretendia correr risco algum. Calmamente, a equipe trocava passes, buscando a melhor forma de chegar ao gol de um adversário completamente retrancado. Os jogadores trataram, então, de chutar de fora da área. Primeiro, Rafael Sóbis. Depois, Adriano. Mais adiante, Jorge Wagner. O Maracaibo se fechava em sua defesa, o Inter ameaçava sempre que tinha a chance.

Aos 35min, a pressão se transformou em gol: Jorge Wagner levantou ma área, Fernandão ganhou a disputa pelo alto com os zagueiros e Adriano, bem colocado, matou no peito e bateu no canto direito de Angelucci: 1 a 0.

Logo após, a equipe perderia um de seus jogadores mais importantes: Tinga sentiu uma lesão e precisou ser substituído. E o que poderia ser um problema virou um achado: Iarley, o substituto escolhido por Abel, entrou em campo e mudou a dinâmica do jogo. Para melhor. Muito melhor. E se teve dificuldades nos primeiros 45 minutos, na segunda etapa o Colorado deslanchou.

Aos 11min, Élder Granja avançou pela direita e tocou para Rafael Sobis que, de fora da área, chutou rasteiro, raspando o poste direito. Aos 15min, o mesmo Sobis tentou novamente, da entrada da grande área. Angelucci fez boa defesa, jogando a bola para escanteio. Poucos minutos depois, uma cena insólita se fez presente no Beira-Rio: o Pumas vencia o Nacional, no México, e os resultados classificavam a equipe venezuelana, que passou a tocar a bola, como se contente com a derrota.




O Inter, por sua vez, queria mais. A torcida pedia Rentería, e quando o colombiano fazia seu aquecimento, na beira do gramado, Bolívar ampliou. Jorge Wagner bateu a falta, da esquerda, a mandou a bola na cabeça do zagueiro colorado, que subiu bonito para fazer o 2 a 0.

Rentería entraria em campo logo depois. Na sequência, Michel substituiria Adriano. E o contestado atacante, antes titular absoluto, mostrou sua estrela aos 38min: num belo chute de fora da área, Michel ampliou o placar para 3 a 0. Para a festa ficar completa, só faltava o gol do Saci Colorado. Que aconteceria aos 40min: após rápida cobrança de falta, Iarley cruzou da direita e Rentería se antecipou à zaga venezuelana para fechar o placar em 4 a 0 e fazer a festa da torcida nas arquibancadas do Gigante.

Com a vitória da noite desta terça-feira, o Internacional chega aos 14 pontos, confirma a classificação e o 1º lugar do Grupo 6 na Copa Libertadores. O time de Abel Braga tem grandes possibilidades de encerrar a primeira fase com a segunda melhor campanha na classificação geral - o que lhe permitirá decidir sempre no Beira-Rio (a não ser que o adversário seja o Vélez Sarsfield, que confirmou a melhor campanha). Por hora, fica a alegria pela grande vitória. O time fez as pazes com a torcida, e essa união era o que o Colorado mais precisava para realizar o objetivo de conquistar a América.

Agora é guerra.


Libertadores 2006
Internacional 4 x 0 Maracaibo
Beira-Rio, Porto Alegre

Tuesday, April 18, 2006

Te vejo no Beira-Rio



Colorado,

eu sei que tu tá meio desapontado com o Internacional, que dava o Gauchão como favas contadas e que o empate contra o Vasco não foi a melhor estréia do mundo. Mas, mais do que nunca, o Colorado precisa de ti. Na Libertadores, que é o que realmente nos interessa neste ano, estamos muito bem, somos o melhor time brasileiro e temos totais condições de, com uma vitória sobre o Maracaibo, conquistar a segunda colocação na classificação geral e garantir a vantagem de decidir na nossa casa.

Então, vai ao Gigante. Mas pra torcer. Porque tu não vai ajudar em nada vaiando o time, xingando determinado torcedor ou pedindo a saída do técnico. Se tu tá brabo, deixa pra vaiar no final, se for o caso. Mas, durante o jogo, tu precisa torcer. Porque o Internacional precisa de ti. E com o teu apoio, nós vamos ganhar a Libertadores.

Agora é guerra.

Saturday, April 15, 2006

Vasco da Gama 1 x 1 Internacional



O Internacional fez sua estréia no Brasileirão fora de casa. Jogando contra o Vasco da Gama, em São Januário, teve maior posse de bola mas não teve objetividade para transformar o domínio em gols. O empate não chegou a ser ruim, já que um ponto fora de casa sempre é bem vindo, mas para uma equipe que busca o título, uma vitória contra um adversário mais fraco tecnicamente seria o ideal.

Depois de uma semana de muitas críticas, Abel Braga colocou em campo uma equipe bastante diferente. Michel e Rubens Cardoso, até então titulares indiscutíveis, sequer foram relacionados para a partida. Em seus lugares, entraram Rafael Sobis e Jorge Wagner, ambos destaques da equipe no ano passado. Igualmente Iarley perdeu a posição de titular para Adriano, uma das contratações para este ano.

O Colorado sentiu a falta de entrosamento e não fez um bom primeiro tempo. É inegável que o time gaúcho jogou melhor e teve, visivelmente, maior posse de bola. Mas lhe faltou o essencial: objetividade. Foi o Vasco da Gama, inclusive, quem teve a primeira chance de abrir o placar, aos 10min, com Edílson chutando por cima do gol. Dois minutos depois, em cobrança de escanteio, Ramón mandou a bola do travessão.

Somente aos 13min o Colorado mostrou alguma reação. E chegou com muito perigo: Rafael Sóbis ganhou a disputa com a zaga e tocou para Tinga, que perdeu um gol feito dentro da área vascaína. Aos 17min, novamente Sobis fez boa jogada, chutando de fora da área.

Mesmo com domínio do Inter, foi do Vasco a grande chance da primeira etapa. Edílson recebeu excelente passe de Ramón, avançou sem marcação, mas foi preciosista na hora da conclusão. Tentou encobrir Clemer, e o goleiro colorado fez ótima defesa, evitando o gol.

Aos 30min, Adriano tentou, de fora da área. No minuto seguinte, Tinga cabeceou fraco, dentro da pequena área, e a zaga afastou. Na sequência do lance, Valdiram avançou com a bola e chutou para segura defesa de Clemer, naquele que foi o último lance de ataque do primeiro tempo.

Para o segundo tempo, o Inter voltou com mais disposição. Logo aos 3min, Rafael Sobis bateu fraco, para fácil defesa do goleiro vascaíno. Aos 5min, foi a vez de Edinho chutar à direita do gol, de fora da área. No minuto seguinte, foi a vez do Vasco chegar, com grande perigo: Valdiram passou por Edinho e tocou para o lateral-esquerdo Diego chutar, à queima-roupa. Clemer fez uma defesa extraordinária e evitou o primeiro gol do time da casa.

Passado o sufoco, veio o gol colorado: aos 8min, Sobis puxava ótimo contra-ataque quando foi derrubado pelo zagueiro. Jorge Wagner cobrou, Bolívar cabeceou na trave e, no rebote, Adriano tocou com tranquilidade para o fundo das redes.

O Colorado dominou o jogo e, em poucos minutos, teve ótimas oportunidades de ampliar. Aos 16min, Perdigão fez grande jogada, livrando-se da marcação e entrando área adentro, mas nem concluiu nem fez o passe, permitindo o desarme. Aos 17min, novo cruzamento de Jorge Wagner e Fernandão fez um passe excepecional para Sobis, que perdeu um gol incrível chutando sobre o goleiro. Aos 18min, mais uma vez Jorge Wagner cruzou, e o zagueiro mandou pela linha de fundo. Na cobrança de escanteio, Adriano se antecipou à zaga e cabeceou à direita do gol.

Mesmo dominando a partida, o Inter permitia o contra-ataque vascaíno, principalmente pela esquerda. E, em mais um deles, aos 28min, o Vasco empatou: Moraes fez boa jogada individual e tocou para Abedi livrar-se da marcação e chutar rasteiro, no canto direito de Clemer, que se esticou todo mas não chegou na bola.

No minuto seguinte, Faioli, que recém havia entrado na equipe, chutou para boa defesa do goleiro colorado. A reação veio do banco colorado: buscando a vitória, Abel Braga fez duas substituições. Primeiro, Tinga deu lugar a Alex. Em seguida, Fernandão saiu para a entrada de Renteria. Aos 32min, entretanto, foi o time da casa que quase marcou: novamente, chute de Faioli. Novamente, boa defesa de Clemer.

Somente nos minutos finais o Colorado voltou a chegar com perigo no gol adversário. Aos 38min, Ceará fez ótimo cruzamento e Renteria tocou de letra, mas o goleiro fez bela defesa. Dois minutos depois, o colombiano fez ótima jogada pela esquerda, mas o chute saiu cruzado, e atravessou toda a área sem levar perigo ao gol do Vasco. No lance seguinte, Alex livrou-se marcação, mas chutou fraco, para fácil defesa de Cássio.

O Vasco da Gama ainda teve a chance da virada, quando Edílson se antecipou à marcação, mas o cabeceio saiu à esquerda do gol. O 1 a 1, que não deixou de ser um resultado justo para ambas equipes, estava definido. E o Internacional, que novamente não conseguiu uma vitória na estréia do Campeonato Brasileiro, volta para casa com a cabeça já na Libertadores: na próxima terça-feira, a equipe enfrenta o Maracaibo, no Beira-Rio.


Brasileirão 2006
Vasco da Gama 1 x 1 Internacional
São Januário, Rio de Janeiro

Começa o Brasileirão

Começa, neste fim de semana, o Campeonato Brasileiro. Atual campeão do mundo, o São Paulo aparece como grande favorito. Também o Corinthians, turbinado pelos dólares da MSI, entra na competição cotadíssimo para levar o bicampeonato.

Junta-se a eles o Internacional. Depois da ótima participação em 2005, quando venceu o campeonato em campo, o Colorado chega no Brasileirão com o mesmo grupo vencedor do ano passado, acrescido de importantes reforços, como o zagueiro Fabiano Eller e o meia Adriano Gabiru.

O time de Abel Braga estréia neste sábado, em São Januário, contra o Vasco da Gama. E uma vitória, na primeira partida da competição, viria muito bem para uma equipe que busca recuperar a auto-estima depois da perda do Campeonato Gaúcho para o tradicional adversário.

Sunday, April 09, 2006

Internacional 1 x 1 Grêmio



Não foi desta vez que o Internacional chegou ao pentacampeonato gaúcho. Jogando no Beira-Rio, a equipe de Abel Braga mais uma vez não fez juz ao seu favoritismo e não comprovou, em campo, que tem uma equipe melhor que seu tradicional adversário.

Assim como na primeira partida, o técnico colorado armou sua equipe buscando a vitória. Sacrificou Perdigão e partiu para uma formação bastante ofensiva: dois zagueiros (Bolívar e Ediglê), dois laterais (Ceará e Rubens Cardoso) e dois volantes (Fabinho e Tinga). Na frente deles, uma linha de três, com Iarley (centralizado), Michel (pela direita) e Márcio Mossoró (pela esquerda). Mais à frente, ficava Fernandão, como único avante de fato.

E o curioso esquema, um 4-2-3-1, surtiu efeito. Nos primeiros minutos de partida, o Colorado pressionou seu adversário. Não converteu essa pressão em gols, é verdade, mas teve constante presença ofensiva. Aos 25min, Fernandão teve a primeira oportunidade de abrir o placar: Iarley fez boa jogada e tocou para o capitão colorado que, dentro da área, girou e chutou no meio do gol, para fácil defesa de Marcelo Grohe.

Em contrapartida, jogando ofensivamente, o Colorado ofereceu espaços para perigosos contra-ataques do tricolor da Azenha. Aos 27min, Lucas teve a bola do jogo: recebeu passe de Patrício e chutou. Clemer estava batido, mas Ceará estava atento e evitou o gol.

Dois minutos depois, foi a vez do Inter perder uma chance incrível: Fenandão lançou na área, Evaldo tentou cortar e furou em bola, e Mossoró soltou a bomba. Mas em cima do goleiro gremista, que deixou a meta para fazer uma ótima intervenção. Neste momento, o jogo estava lá-e-cá. No minuto seguinte, Ricardinho partiu com a bola e tentou encobrir o goleiro colorado. Clemer se esticou todo e fez uma bonita defesa.




Apesar das reclamações da torcida, que pedia a saída de Michel e a entrada de Renteria, ambas as equipes voltaram iguais para a segunda etapa. O Inter seguiu pressionando e, logo a 5min, Iarley sofreu falta violenta de Pereira, na entrada da área. Na cobrança, Ceará bateu fraco, facilitando a defesa de Marcelo Grohe.

Aos 12min, o gol colorado: Rubens Cardoso cruzou da esquerda e Iarley aparou de peito para Bolívar, que dominou e fez ótimo passe para Fernandão. O capitão colorado soltou a bomba e fez a festa dos mais de 50 mil colorados que se espremiam nas arquibancadas do Beira-Rio.

O gol, entretanto, não fez bem ao Colorado. Poucos minutos depois, Ricardinho fez bela jogada pela esquerda, entrou na área, driblou Fabinho e fuzilou. Clemer fez uma defesa extraordinária e evitou o empate. Como se satisfeito com o resultado, o time de Abel Braga passou a tocar a bola, em vez de buscar um segundo gol, que lhe daria maior tranquilidade. Por outro lado, Mano Menezes viu-se obrigado a atacar e trocou um meia (Ramón) por um atacante (Pedro Júnior).

Aos 30min, Perdigão entrou em lugar de Michel exatamente para melhorar o toque de bola no meio-campo colorado. Mas, quatro minutos depois, o tricolor da Azenha chegou ao seu gol: Marcelo Costa cobrou a falta e o predestinado Pedro Júnior cabeceou para empatar: 1 a 1.

Como última alternativa, Abel Braga colocou em campo Rafael Sobis e Renteria, em lugar de Rubens Cardoso e Iarley. Mas não havia tempo para a reação. Desorganizado, o Internacional pressionou, mas não conseguiu a vitória. Sobis até que tentou, aos 38min, mas Marcelo Grohe fez mais uma boa defesa. Já nos descontos, Fernandão foi agarrado por Pereira dentro da área, mas dificilmente o árbitro Leandro Vuaden marcaria um pênalti naquele momento do jogo.

E o tricolor da Azenha, que soube jogar pelo regulamento e se entregou exemplarmente à oportunidade de vencer o Gauchão, conseguiu o resultado que lhe interessava. E é, justamente, o novo Campeão Gaúcho.


Gauchão 2006
Internacional 1 x 1 Grêmio
Beira-Rio, Porto Alegre

Abel, Abel



Contra o tricolor da Azenha, no primeiro gre-Nal da decisão do Campeonato Gaúcho, o técnico colorado teve participação fundamental no resultado.

Quando se decidiu que o Sport Club Internacional jogaria com seu time titular, mesmo em meio à disputa da Libertadores, Abel Braga acertou ao escalar a equipe que vinha jogando. Porém, as substituições foram completamente equivocadas, e permitiram o crescimento do adversário.

Três dias depois, o Colorado enfrentou o Nacional, pela Copa Libertadores, e mais uma vez Abel Braga tomou decisões discutíveis. Renteria entrou bem em lugar de Fernandão, mas a saída de Perdigão (e a entrada de Adriano) prejudicou a forma de jogar da equipe.

Neste domingo, Abelão tem a chance de se redimir com o torcida, e reafirmar o favoritismo colorado. Com um grupo reconhecidamente superior ao de seu tradicional adversário, o Internacional tem a obrigação de vencer e conquistar o Pentacampeonato Gaúcho. Jogar no Gigante da Beira-Rio faz da equipe de Abel Braga favorita absoluta; e a participação do técnico colorado é fundamental para a conquista do Gauchão.

Friday, April 07, 2006

97 anos de glórias



Passei o dia ainda embasbacado. Pois ontem à noite fomos ao jantar comemorativo aos 97 anos do Sport Club Internacional. Eu, obviamente, não tinha uma roupa decente para vestir e a solução foi óbvia: me fardei com a camisa do Colorado do Igor além de uma máscara do Saci (sim, o mesmo do anúncio).

A festa estava sensacional. Bebida, comida, bebida, cumprimentos ao Presidente Fernando Carvalho, mais bebida, elogios ao trabalho, bebida, fotinha com a Renata Fan, bebida e muita emoção.

Um pouco do que vivemos ontem está aqui. Já as fotos oficiais estão no site do Colorado.

Thursday, April 06, 2006

Gigante em festa



37 anos após sua inauguração, o Estádio José Pinheiro Borda, palco de grandes vitórias do Sport Club Internacional, é, também, motivo de festa em nossos corações.

Orgulho de todos os colorados, o Estádio foi construído com a colaboração da torcida, que trazia tijolos, cimento e ferro para a obra, às vezes até do interior do estado. O José Pinheiro Borda foi inaugurado em 6 de abril de 1969 com uma vitória sobre o Benfica, de Portugal. Claudiomiro, um dos grandes ídolos colorados, fez o primeiro gol do estádio.

Naquela tarde, nascia o Gigante da Beira-Rio.

Wednesday, April 05, 2006

Colorado em 17º

Notícia do ClicRBS, enviada pelo Igor:

Colorado aparece em 17º no ranking mundial de clubes
Entre os brasileiros, clube está atrás apenas do São Paulo

A IFFHS (Federação Internacional de Futebol, História e Estatística) divulgou nesta segunda o novo ranking de futebol mundial. O Inter aparece na 17ª colocação. O único brasileiro à frente do colorado é o São Paulo, que ocupa o oitavo lugar. O Liverpool, que foi eliminado da Liga dos Campeões e está mal no Campeonato Inglês, é o primeiro colocado. O segundo lugar é ocupado pela Inter de Milão.

GAZETA PRESS



Confira os 10 primeiros colocados e os melhores brasileiros.
Entre eles, o glorioso Sport Club Internacional:

1º - Liverpool/ING - 337
2º - Internazionale/ITA - 319
3º - Bayern de Munique/ALE - 278
4º - Milan/ITA - 267
5º - Lyon/FRA - 266
6º - Chelsea/ING - 252
7º - Roma/ITA - 248
8º - São Paulo/BRA - 246
9º - Juventus/ITA - 245
10º - Barcelona/ESP - 241
17º - Internacional/BRA - 213
32º - Corinthians/BRA - 193
34º - Fluminense/BRA - 189
45º - Palmeiras/BRA - 172
46º - Goiás/BRA - 170
49º - Atlético-PR/BRA - 168
50º - Cruzeiro/BRA - 166
64º - Santos/BRA - 148

Tuesday, April 04, 2006

Nacional 0 x 0 Internacional



Uma coisa o Internacional trouxe de bom, do Uruguai: o resultado. Não foi uma grande jornada, a equipe poderia ter vencido, mas o 0 a 0 deixa o time de Abel Braga a um empate da classificação às oitavas-de-final da Copa Libertadores.

O Colorado entrou diferente no Parque Central, em Montevideo. Fernandão sentiu uma lesão e foi substituído por Renteria. Também Adriano foi a campo em lugar de Perdigão, mas essa pareceu ser uma opção exclusiva do técnico colorado. A idéia, provavelmente, era ter maior presença ofensiva. Mas o que se viu foi uma equipe afobada, sem o toque de bola peculiar e com extrema dificuldade de chegar ao ataque. Durante todo o 1º Tempo ambas as equipes abusaram do balão e do erro de passe.

Somente no 2º Tempo a partida trouxe alguma emoção. Aos 16min, Albín chegou sem marcação na área colorada, mas Clemer fez ótima intervenção. Em resposta, no lance seguinte, Renteria recebeu pela direita e chutou de primeira, para ótima defesa do goleiro Bava.

Aos 25min, o Inter teve sua grande chance de marcar: Iarley recebeu ótimo passe e avançou em velocidade, sem marcação. Porém, não concluiu a gol nem fez o passe para Adriano, e acabou permitindo a recuperação do goleiro uruguaio.

Quase ao fim da partida, por pouco o Colorado não sofreu o castigo: Martinez aparou o cruzamento e chutou no poste esquerdo de Clemer. No rebote, novo cruzamento e a bola vai para o fundo das redes. Mas o árbitro anulou o lance corretamente, já que o atacante uruguaio havia usado a mão para fazer o gol.

Com tão pouco futebol em 90 minutos de partida, o empate sem gols acabou ficando de bom tamanho para ambas as equipes. E o Internacional deve confirmar sua vaga na próxima fase da Libertadores no próximo dia 18, quando recebe o Maracaibo, diante de sua torcida.


Libertadores 2006
Nacional 0 x 0 Internacional
Parque Central, Montevideo

Parabéns a todos os colorados!



(clica que ele cresce, esse Saci safado)

Sunday, April 02, 2006

Grêmio 0 x 0 Internacional

O primeiro gre-Nal da decisão do Campeonato Gaúcho foi decepcionante para os Colorados. Porque o Internacional jogou menos do que poderia e deixou de vencer o tradicional adversário, no seu estádio, e encaminhar o pentacampeonato.




Sobre o Internacional

Jogou menos do que vem jogando. Mas mostrou que poderia ter garantido a vitória ainda no 1º Tempo. Michel, Tinga e, principalmente, Iarley tiveram chances claríssimas, dentro da pequena área, e não colocaram a bola pra dentro. Mesmo bem marcado, o Colorado teve as melhores oportunidades para fazer o gol, até porque tem um time evidentemente melhor que o tricolor.

Alguns, entretanto, não jogaram bem. Michel não foi agudo como deveria, Iarley parecia estar desligado do jogo e Fernandão não encontrou seu espaço. É o ataque inteiro, e isso não poderia ficar sem consequências.

O meio-campo foi extremamente prejudicado com a saída de Perdigão, que é quem dita o ritmo de jogo. Ele conserta cada bola quadrada que chega e distribui com muita qualidade, virando o jogo e encontrando o melhor espaço para a jogada. Infelizmente, saiu de campo após levar uma cotovelada de Patrício e perder um dente.

A zaga não comprometeu, e Bolívar foi, indiscutivelmente, o melhor em campo. Ao seu lado, Fabiano Eller também estava bem até ser injustamente expulso em um lance em que foi agredido pelo adversário. (Lance, por sinal, idêntico ao do Ronaldinho na Copa de 2002, no jogo contra a Inglaterra.) Edinho entrou e foi eficiente - como sempre é, quando joga de zagueiro.

No 2º Tempo, o time, em geral, decaiu bastante, muito em função das substituições. Perdeu o meio-campo e o adversário se aproveitou disso, ocupando os espaços e pressionando (mesmo que sem resultado). Nem Márcio Mossoró nem Rafael Sobis entraram bem: um por ser muito porra louca, outro por estar sem ritmo de jogo. Com as substituições, o Inter perdeu taticamente e permitiu o crescimento do adversário.

No geral, o Internacional foi menos do que sempre é. E, mesmo assim, como era de se esperar, foi superior ao adversário durante todo o 1º Tempo, quando poderia ter definido a vitória com certa tranquilidade.




Sobre o tricolor da Azenha

Inegavelmente, se superou. Foi a campo com apenas um atacante para não perder o jogo e conseguiu. Marcou, marcou e marcou. E, quando teve a chance, atacou. Teve uma grande oportunidade de fazer o seu gol, num lance fortuito em mais uma saída de gol equivocada de Clemer, mas Herrera mostrou porque é reserva.

Como era esperado, o time de Mano Meneses abusou da violência. Tirou de campo dois jogadores colorados e por pouco não tirou um terceiro.

No primeiro lance, Perdigão levou uma cotovelada de Patrício e perdeu um dente. Precisou ser substituído. No segundo, Alessandro entrou com o pé no meio da perna de Fabiano Eller. O zagueiro Colorado evidentemente indignou-se com o lance, e foi absurdamente expulso. No terceiro, por fim, Herrera deu uma cotovelada no rosto de Clemer e, curiosamente, nada aconteceu. Nem um nem outro foram advertidos pela péssima arbitragem de Carlos Simon.

No geral, o tricolor perdeu a grande chance de conquistar a vitória sobre o Colorado no 2º Tempo, quando foi superior e enfrentou um time descaracterizado.





Sobre Abel Braga

Já que foi decidido que o Colorado usaria seu time titular, Abel acertou em manter o time que vem jogando a Libertadores (que, afinal, é o que vem jogando junto). Entretanto, a entrada de Jorge Wagner seria melhor opção, porque 1) foi quem treinou durante a semana e 2) é uma ótima opção em lances de bola parada.

Com o time titular completo, o Internacional foi claramente superior e deixou de vencer a partida ainda no 1º Tempo.

Entretanto, Perdigão precisou ser substituído. E aí, aconteceu o primeiro equívoco do treinador Colorado. Márcio Mossoró estava longe de ser a melhor opção. Porque Tinga pode ser ótimo segundo volante, mas nem ele nem Fabinho tem a qualidade na saída de bola que teria Jorge Wagner (sem dúvida, a melhor opção). O Colorado manteria o controle da bola no meio-campo e daria melhores condições a seus três atacantes, que não estavam bem.

Como nem Fernandão, nem Iarley e nem Michel correspondiam, a torcida clamava por Rentería. Esse, sim, deveria ter entrado em campo já na volta para o 2º Tempo. Abel preferiu Rafael Sobis, e esse foi seu segundo equívoco. Não porque Sobis é menos jogador; pelo contrário, mas porque o goleador Colorado no Brasileirão está sem ritmo de jogo. Pode estar indo muito bem nos treinos, mas treino é treino e jogo é jogo, diz-se popularmente. Com Renteria em lugar de Michel, por exemplo, o próprio Fernandão teria companhia no ataque e renderia mais.

Com essas modificações equivocadas, o Internaconal perdeu muito. Como perdeu com a saída de Fabiano Eller, expulso absurdamente após ser agredido por Alessandro. Edinho entrou bem na zaga, mas o time perdeu um jogador de frente. Assim, o Inter terminou o jogo com uma formação bem diferente da que vem jogando, e o rendimento ficou bem abaixo do esperado.

Foi mal Abel Braga.




Sobre a Arbitragem

Carlos Simon foi lamentável. Não soube coibir a violência e não teve autoridade para expulsar os atletas tricolores sem a contrapartida colorada.

Alessandro merecia ter sido expulso pela entrada, violentíssima, em Fabiano Eller. Mas a expulsão do zagueiro Colorado, que em nenhum momento agrediu o adversário, foi um absurdo. Saiu perdendo o Internacional, que precisou tirar um atacante para recompor a defesa.

Patrício deu uma cotovelada em Perdigão e sequer foi advertido. Em compensação, o meia Colorado precisou ser substituído após perder um dente. Mais uma vez, saiu perdendo o Internacional, que precisou substituir aquele que dita o ritmo do jogo.

Herrera também foi desleal, agredindo o Clemer com uma cotovelada no rosto em uma cobrança de escanteio. Mais uma vez, o atleta tricolor sequer foi repreendido. Mais uma vez, saiu perdendo o Internacional. Ou ganhando, já que o árbitro sequer foi coerente com suas próprias ações: se Alessandro e Fabiano Eller foram expulsos por agressão e revide, o mesmo deveria ocorrer com Herrera e Clemer. Mas Carlos Simon estava tão perdido em campo que preferiu ignorar o lance.

Enfim, foi uma arbitragem muito abaixo do nível esperado em um gre-Nal. Espera-se que, para o jogo do Beira-Rio, Leandro Vuaden faça juz à boa fama da arbitragem gaúcha (até porque de Leandro Gaciba, o mesmo da mão do Ronaldinho, não se pode esperar nada de bom).



Enfim, o Internacional teve a oportunidade de mudar a história do gre-Nal 364 ainda no 1º Tempo de jogo: foram três chances claríssimas, dentro da pequena área, em que Michel, Iarley e Tinga não tiveram capacidade (talvez a palavra certa seja tranquilidade) para definir o lance.

Por outro lado, o tricolor da Azenha perdeu a grande chance de vencer. Pariu um elefante e o máximo que conseguiu foi um lance fortuito no 2º Tempo, com Herrera. Para não fugir do esperado, o time de Mano Menezes abusou da violência e contou com a complacência de Carlos Simon.

Foi um gre-Nal disputado, cujo resultado, de 0 a 0, não chegou a desagradar nenhuma das equipes. Para o Colorado, foi bom empatar na casa do adversário; para o tricolor, foi bom não perder diante de sua torcida. Para o gre-Nal decisivo, no Gigante da Beira-Rio, é de se esperar uma vitória, até mesmo tranqüila, do time de Abel Braga.


Gauchão 2006
Grêmio 0 x 0 Internacional
Olímpico, Porto Alegre