Internacional 4 x 1 São José

Houve quem fizesse a brincadeira depois do jogo: a diretoria do Internacional pode começar a cobrar couvert artístico nas partidas no Beira-Rio. Isso porque depois da bela vitória sobre o Nacional, o time de Abel Braga fez uma partida quase perfeita contra o São José. Venceu ao natural e chegou à goleada com facilidade, mostrando que está vivendo ótima fase.

Era domingo de Carnaval, e pouco mais de 10 mil torcedores foram ao Gigante da Beira-Rio para ver o desfile colorado. Perdigão, em tarde inspirada, comandou o espetáculo: aos 10min, lançou Márcio Mossoró, pela esquerda. O substituto de Tinga esperou o momento exato para rolar para Iarley que tocou para o fundo das redes do São José para abrir o placar. Aos 24min, o passe foi para Michel: pela direita, o atacante avançou em direção à área e, na saída do goleiro, tocou no canto para fazer 2 a 0.

O Inter jogava fácil. Atacando pelos lados do campo, chegou ao terceiro gol em mais uma jogada de Michel, um dos melhores em campo: aos 34min, avançou pela direita e cruzou. Dentro da pequena área, Bolívar se antecipou à zaga e fez, de peixinho: 3 a 0.

A jogada mais bonita da partida, entretanto, estava reservada para o início do segundo tempo: logo a 2min, Ceará avançou pela direita e cruzou. Iarley fez o corta-luz e recebeu lindo passe de Fernandão, à frente da zaga. Com tranquilidade, na saída, do goleiro, chutou cruzado, rasteiro, para fazer o quarto gol da equipe alvirrubra.

Satisfeito com o resultado, o Inter diminuiu o ritmo e passou a tocar a bola. O Zequinha aproveitou para atacar com mais insistência e chegou ao seu gol de honra, aos 40min: após lançamento em profundidade, Clemer saiu mal do gol e perdeu a bola para Toledo que, sem goleiro, descontou. Placar final, 4 a 1.

Após a grande vitória, fica evidente que o Internacional alcançou seu equilíbrio. Com vantagem no saldo de gols, o time de Abel Braga já larga na segunda fase do Gauchão na liderança da sua chave e segue favorito à conquista do pentacampeonato.


Gauchão 2006
Internacional 4 x 1 São José
Beira-Rio, Porto Alegre

Internacional 3 x 0 Nacional

Inesquecível. Assim foi a vitória do Internacional sobre o Nacional, do Uruguai, na última quinta-feira. Justamente na sua estréia no Beira-Rio, jogando pela Copa Libertadores da América, o time de Abel Braga teve a sua melhor atuação no ano.

E poucas vezes se viu uma torcida em tamanha comunhão com o time. O Beira-Rio não lotou, mas os mais de 30 mil torcedores que foram ao estádio jogaram junto: qualquer jogada era motivo de apoio. Os uruguaios tocavam na bola e eram vaiados. O Colorado recuperava a bola e era ovacionado. Empenhados em levar o time à vitória, os colorados vibravam a cada ataque, mas também a cada carrinho ou desarme.

O resultado não poderia ser outro: aos 20min, Fernandão recebeu o passe e lançou Michel, entre os zagueiros. O atacante ainda teve tempo de livrar-se da marcação e driblar o goleiro antes de tocar para o fundo das redes do Nacional. Dois minutos depois, o Colorado fez o segundo: Michel sofreu falta ao lado da área. Ceará cobrou e Fernandão subiu mais que os zagueiros uruguaios para marcar.

O Inter mandava em campo. Com uma pegada impressionante, a equipe de Abel Braga não cedia o mínimo espaço ao time uruguaio. Na zaga, Fabiano Eller fazia uma partida brilhante. No meio, Perdigão ditava o ritmo de jogo.

Cada bola perdida era, em seguida, recuperada. Cada jogada era disputada ferrenhamente. E a torcida, na arquibancada, aplaudia. Aos 35min, por pouco Fernandão não ampliou: Rubens Cardoso foi à linha de fundo e cruzou. Na área, o centroavante colorado ganhou a disputa com os zagueiros, mas a bola saiu à direita do gol uruguaio.

E antes que terminasse a primeira etapa, o torcedor colorado ainda presenciaria uma tabelinha de encher os olhos: Fernandão lançou Tinga, que devolveu com um passe de peito. Sem deixar a bola cair, Fernandão soltou a bomba, de esquerda. Seria um gol de placa, mas a bola saiu à direita da meta defendida por Bava.




Na volta para o segundo tempo, o Colorado seguiu arrasador. Mas sem a volúpia dos primeiros 45 minutos minutos. Com o placar a favor, a equipe passou a tocar mais a bola. Seguiu em busca do gol, mas com paciência. E logo a 4min, quase chegou lá: Tinga, um dos melhores em campo, fez grande jogada individual e cruzou para Michel que, sem marcação, acabou cabeceando por cima do gol de Bava. Seis minutos depois, Michel, após belo cruzamento da direita, deu um belo peixinho, jogando-se em direção à bola. O cabeceio, entretanto, passou à esquerda do gol uruguaio.

A situação uruguaia, que já estava ruim, ficou péssima aos 17min: Iarley fazia grande jogada pela esquerda, quando levou um pontapé de Jaume. O zagueiro recebeu o cartão vermelho imediatamente, e a partir de então o Inter passou a jogar também com a vantagem numérica.

Aos 28min, um dos lances mais bonitos da partida: Rubens Cardoso recebeu o passe, avançou pela esquerda e, da quina da grande área, soltou a bomba. Bava ainda saltou para a defesa, mas a bola foi bater na sua trave esquerda. Menos mal que outro lance espetacular estava reservado ao lateral-esquerdo colorado: aos 43min, Rubens Cardoso recebeu o passe de Mossoró, ganhou a disputa com os zagueiros e, mesmo sem ângulo, deu o drible e tocou para o gol na saída do goleiro. A bola foi parar no fundo das redes de Bava.

Com uma atuação de luxo, o Internacional calou a boca de todos os críticos ao empate na Venezuela. Com a vitória, o Colorado assume a liderança do seu grupo e prova que aliado à sua apaixonada torcida pode, sim, conquistar a América. Uma batalha já foi ganha. A próxima se realiza no próximo dia 8 de março, contra o Pumas, no México.


Libertadores 2006
Internacional 3 x 0 Nacional
Beira-Rio, Porto Alegre

Todos ao Beira-Rio

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É hoje. O Internacional faz sua estréia no Beira-Rio, na campanha que vai levar o Clube do Povo do Rio Grande do Sul ao seu primeiro título na Libertadores da América.

Lugar de Colorado, hoje, é no Beira-Rio. Mas para torcer. Se for para vaiar, reclamar da escalação ou pedir esse ou aquele jogador, é melhor ficara em casa. Porque, para conquistar a América, o Inter precisa de torcedores de verdade.

Todos ao Beira-Rio!

Grupos definidos

Depois da primeira fase, classificatória, que teve como melhor equipe o Internacional, nesta segunda-feira foram definidos os dois grupos da segunda fase. Classificaram-se os dois primeiros colorados de cada grupo mais os dois melhores terceiros colocados.

A dupla Gre-Nal, por ter as melhores campanhas, fica como cabeça-de-chave:


Grupo 4
Internacional
Caxias
Novo Hamburgo
São José

Grupo 5
Grêmio
Juventude
Santa Cruz
Veranópolis


As semifinais do Gauchão começam já no próximo fim-de-semana. E o Internacional faz sua estréia no domingo, no Beira-Rio, contra o Zequinha.

Internacional 3 x 1 ULBRA

Jogando contra a ULBRA, no Beira-Rio, o Internacional fez a lição de casa: venceu por 3 a 1 e confirmou a melhor campanha do Gauchão.

Apesar do placar confortável, não foi uma vitória fácil. Foi a ULBRA, por sinal, quem ameaçou primeiro: logo a 4min, Perdigão não teve domínio da bola e permitiu o contra-ataque. Terrão lançou Ricardo, que chegou a driblar Marcelo Boeck antes de bater a gol. Ediglê salvou em cima da linha.

O Inter, por sua vez, foi chegar com força no ataque somente aos 28min, quando Leo foi lançado em profundidade, chegou à linha de fundo e cruzou. Mas não havia nenhum jogador colorado dentro da área para a conclusão. No minuto seguinte, após bela triangulação, foi a vez de Élder Granja arriscar, da entrada da área. A bola passou à esquerda do gol defendido por Fernando Wellington. Jogando com time misto e no 3-5-2, o Colorado tinha boa produção ofensiva, mas não era objetivo. Faltava poder de conclusão. Mais de uma vez, houve a chegada à linha de fundo e o cruzamento para a área, sem que houvesse um atacante ou um homem de chegada para fazer o gol.

Apostando nos contra-ataques, a ULBRA surpreendeu aos 32min: Terrão bateu o escanteio, a bola foi desviada e sobrou livre para Fabiano Souza, o Uh, Fabiano, que não teve trabalho para, livre, tocar para o fundo da rede e abrir o placar.

O final da primeira etapa foi de pressão do time colorado. Por três vezes seguidas, Élder Granja teve a oportunidade de fazer um bom cruzamento para os atacantes que estavam na área da ULBRA. Por três vezes seguidas, errou e permitiu o corte da zaga adversária.

Para o segundo tempo, o Inter voltou diferente. E melhor, com Maycon e Ricardo de Jesus em lugar de Álvaro e Daniel Marques. O resultado foi imediato: Granja foi à linha de fundo e cruzou. A bola sobrou para Ricardo de Jesus, que chutou forte, para grande defesa do goleiro. No rebote, Renteria tocou para o fundo das redes, para empatar: 1 a 1.

E o Inter quase virou quatro minutos depois: Márcio Mossoró avançou pela direita e bateu cruzado. A bola encobriu o goleiro e, carpichosa, chocou-se com o travessão. A resposta da ULBRA veio no lance seguinte: em contra-ataque puxado por Fabiano, Ivanildo soltou a bomba, de fora da área. Marcelo Boeck evitou o gol, fazendo uma grande defesa.

O Inter chegou com perigo, novamente, aos 16min: Mossoró entrou área adentro pela direita, mas Fernando Wellington saiu bem e evitou o segundo gol colorado.

Aos 31min, foi a vez de a ULBRA quase marcar: após rápida triangulação, Terrão ficou frente-a-frente com Marcelo Boeck e soltou a bomba. Não fosse a extraordinária intervenção do jovem goleiro colorado e a ULBRA teria chegado ao seu segundo gol. Dois minutos depois, Fabiano, livre dentro da pequena área, cabeceou à queima-roupa. Mais uma vez, Marcelo Boeck praticou grande defesa. A resposta colorada veio quatro minutos depois, mais uma vez com Mossoró. Dentro da área, o meia bateu colocado, tirando do goleiro. A bola bateu na trave, antes de seu afastada pela zaga.

Após bons ataques de ambos os lados, a partida acabou se decidindo nos seus minutos finais. Aos 39min, Renteria fez bela jogada individual e tocou para Mossoró bater cruzado. A bola desviou em um zagueiro e entrou: 2 a 1. Um minuto depois, Diogo entrou a dribles pela área a foi derrubado. Pênalti, que Jorge Wagner cobrou com perfeição: 3 a 1.

A ULBRA ainda teve uma grande oportunidade para descontar, aos 44min, mas Alê Menezes, livre de marcação, chutou no travessão. O placar já estava definido, assim como a primeira colocação no grupo para o Internacional, o melhor time da primeira fase do Campeonato Gaúcho.


Gauchão 2006
Internacional 3 x 1 ULBRA
Beira-Rio, Porto Alegre

Maracaibo 1 x 1 Internacional

Mais uma vez, o Internacional estreou na Copa Libertadores da América sem vitória. Jogando na Venezuela, o time de Abel Braga não fez grande partida e acabou cedendo o empate ao Maracaibo nos minutos finais. E se o 1 a 1 não foi justo para os comandados de Abelão, o placar final acabou ficando de bom tamanho para ambas equipes.

O Colorado começou a partida melhor, pressionando o Maracaibo já em seu campo de defesa. O time da casa conseguiu responder somente aos 9min: Beraza cobrou o escanteio e a zaga colorada afastou. No rebote, Gonzáles chutou cruzado, com força, e a bola passou ao lado do gol defendido por Clemer.

Aos 18min, Edinho chutou da intermediária, para defesa segura de Angelucci. Na sequência, o Colorado chegou bem ao ataque com Fernandão, mas o atacante não conseguiu dominar a bola e acabou sendo desarmado. Aos 27min, Bolívar aproveitou o rebote da cobrança de escanteio, mas cabeceou para fora. Aos 34min, o lance mais discutido da partida: após boa triangulação, Fabinho invadiu a área e foi derrubado. Os atletas colorados reclamaram pênalti, mas o árbitro mandou o jogo seguir.

O Inter jogava melhor, e perdeu sua grande oportunidade de abrir o placar aos 45min do primeiro tempo: Fabinho fez o lançamento e Fernandão entrou livre, por trás da zaga adversária, para fazer o gol. Olhou para a goleira, escolheu o canto, tirou o goleiro da jogada e... cabeceou para fora, inacreditavelmente. Naquele momento, o Inter desperdiçava uma daquelas chances imperdíveis.




Menos mal que, na volta para o segundo tempo, não tardou para que o Inter abrisse o placar: logo aos 4min, após bate-e-rebate na área do Maracaibo, a bola sobrou para Ceará que, de fora da área, soltou a bomba. A bola entrou rasteira, no canto direito de Angelucci.

O gol deu mais confiança ao Inter. Aos 6min, foi a vez de Iarley ser derrubado após jogando individual dentro da área venezuelana. Mais uma vez, o árbitro mandou o lance seguir. E se faltava qualidade, sobrava vontade aos colorados para ampliar o marcador. Nos contra-ataques, o Maracaibo tentava o empate. Aos 13min, a zaga colorada rebateu mal e a bola sobrou limpa para Beraza soltar a bomba. A bola passou à direita da meta de Clemer.

Aos 25min, Clemer fez grande defesa e Abel Braga resolveu mexer no time. Para melhorar a posse de bola, sacou Michel e colocou Adriano. Na sequência, tirou Tinga, que fazia má partida, e fez entrar Perdigão.

O Maracaibo pressionava constantemente, em busca do empate. Faltando dois minutos para o fim da partida, conseguiu: cobrança de falta no lado direito de defesa, e a zaga colorada permite que Maldonado, livre de marcação, chute para o fundo das redes: 1 a 1, placar final.

O resultado, um empate fora de casa, não pode ser considerado ruim. Mas foi profundamente lamentado pela equipe colorada, que poderia ter largado na competição com a vantagem da vitória fora de casa. Na próxima quinta-feira, o Internacional recebe o Nacional, no Beira-Rio. E uma vitória pode levar a equipe de Abel Braga à liderança de sua chave.


Libertadores 2006
Maracaibo 1 x 1 Internacional
José Romero, Maracaibo

Agora é guerra

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Convocação Colorada

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Os 25 de Abel

Depois de muita especulação, Abel Braga divulgou, na tarde de ontem, a lista dos 25 jogadores que farão parte do grupo que disputará a Libertadores da América.

Chiquinho, o xodó da torcida colorada, ficou de fora. O que é bastante compreensível, já que o ala-esquerdo teve sérios problemas de saúde, que o afastaram dos gramados por cerca de um ano. O próprio jogador considerava sua presença uma grande surpresa.

Mas a surpresa mesmo ficou por conta da presença de Álvaro. O Búfalo garantiu seu lugar entre os 25 menos pelo futebol (que, convenhamos, é pouco), que por sua característica garra e capacidade de marcação. E, certamente, contribuiu o fato de o jogador já ter participado de duas edições da Copa Sul-Americana.


A lista de Abel:

Goleiros
Clemer
Marcelo
Renan

Laterais
Élder Granja
Ceará
Rubens Cardoso

Zagueiros
Bolívar
Fabiano Eller
Índio
Ediglê

Volantes
Edinho
Fabinho
Álvaro

Meias
Tinga
Perdigão
Jorge Wagner
Michel
Adriano
Márcio Mossoró

Atacantes
Fernandão
Gustavo
Rafael Sóbis
Iarley
Renteria
Leo

A delegação colorada iniciou sua viagem à Venezuela já nesta segunda-feira. O Internacional estréia na Copa Libertadores da América na próxima quinta-feira, dia 16, diante do Maracaibo.

15 de Novembro 0 x 0 Internacional

Poucas coisas são tão chatas quanto uma partida de futebol que acaba em 0 a 0. Mas o 15 de Novembro não teve boas chances de abrir o placar, ainda no primeiro tempo? Teve. E o Internacional, não dominou completamente a segunda etapa, perdendo claras oportunidades para vencer o jogo? Dominou. Entretanto, nem uma nem outra equipe fez por merecer algo mais do que um magro empate.

O que ficou bastante claro foi a disposição de cada time. Enquanto os atletas do 15 buscavam a classificação e eram demasiadamente desleais em muitos lances, os colorados procuravam se poupar, evitando, inclusive, participar de disputas de bola mais ríspidas.

No fim das contas, melhor para a equipe de Abel Braga, que não perdeu nenhum jogador importante para a estréia na Libertadores, na próxima quinta-feira.


Gauchão 2005
15 de Novembro 0 x 0 Internacional
Sady Schmidt, Campo Bom

Alma Colorada

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Gaúcho 0 x 2 Internacional

Mesmo com time reserva, o Internacional venceu o Gaúcho, na noite da última quarta-feira, e manteve a liderança do Grupo 1 e a melhor campanha do Campeonato Gaúcho.

E foi do Inter a primeira chance de marcar, logo a 2min de jogo: João Guilherme, em sua primeira partida como titular, bateu de fora da área e a bola passou perto do poste direito do goleiro Alencar. Por sua vez, o Gaúcho foi ameaçar somente aos 15min: após cruzamento para a área, Ricardo cabeceou forte grande defesa de Marcelo Boeck.

Como era esperado, o Colorado sentiu o desentrosamento. Principalmente no setor defensivo. Como resultado, o time da casa pressionava, porém, sem qualidade para converter a pressão em gols. Somente aos 27min, em falha de João Guilherme, o Gaúcho chegou ao gol colorado: a bola sobrou para a conclusão de Aílton, e novamente Marcelo Boeck praticou grande defesa. No último lance de perigo da primeira etapa, aos 40min, Tupã marcou. Mas o árbitro Vinícius Costa anulou o lance, marcando impedimento.

O Inter voltou bem melhor para o segundo tempo. Logo a 5min, Jorge Wagner cruzou, mas Índio não alcançou a bola a tempo. No minuto seguinte, Leo abriu o placar: Ari cruzou, a zaga rebateu e, de fora da área, o atacante bateu de primeira para fazer um golaço.

Em mais um cruzamento de Jorge Wagner, o Inter quase fez o segundo gol: o ala-esquerdo cobrou a falta, a bola passou por todos e chegou no goleiro, que a espalmou no rosto de Índio, antes de sair pela linha de fundo. Aos 27min, Leo voltou a marcar: Ricardo de Jesus, que entrara em lugar de Chiquinho, deu um belo passe de calcanhar para Ari, que foi à linha de fundo e cruzou para o atacante, que só teve o trabalho de tocar para o fundo das redes: 2 a 0, placar final.

O Gaúcho quase descontou aos 32min, quando Sandro Paulista invadiu a área e encobriu o goleiro Marcelo. Mas João Guilherme se redimiu da falha no primeiro tempo e salvou o gol, antes que a bola cruzasse a linha. Na última oportunidade do time de Passo Fundo na partida, aos 42min, Itamar entrou na área a dribles e obrigou Marcelo Boeck a mais uma grande defesa.

Com a vitória fora de casa, o Internacional confirma a condição de melhor time do Gauchão. No próximo domingo, mais uma vez fora de casa, enfrenta o 15 de Novembro, no Estádio Sady Schmidt, em Campo Bom.


Gauchão 2005
Gaúcho 0 x 2 Internacional
Vermelhão da Serra, Passo Fundo

Manifesto Colorado

(clique na imagem para vê-la maior)

Internacional 4 x 0 Passo Fundo

Justamente quando definiu a classificação para a segunda fase do Gauchão, o Internacional fez sua melhor partida na competição. Jogando no Beira-Rio, fez 4 a 0 no Passo Fundo, ao natural, e pode, agora, voltar-se ao que realmente interessa neste ano: a conquista da Copa Libertadores da América.

O Colorado começou arrasador. Logo a 1min de jogo, Carlos César levou cartão amarelo por falta em Iarley. Na sequência do lance, Fabiano Eller ficou frente a frente com Gallas, mas bateu em cima do goleiro. Ao 10min, foi a vez de Tinga quase marcar: dentro da área, soltou uma bomba de esquerda, para espetacular defesa de Gallas. No rebote, bateu no outro canto, e novamente o goleiro do Passo Fundo salvou sua equipe.

Aos 16min, o mesmo Tinga cruzou para Fernandão, que subiu para o cabeceio e foi empurrado pelo seu marcador. A bola foi para fora, e o árbitro preferiu ignorar o pênalti. Dois minutos depois, Perdigão fez um dos lances mais bonitos da partida ao encobrir o goleiro com um toque de pé esquerdo, de fora da área. Caprichosamente, a bola chocou-se com o travessão.

O Inter, que já era senhor do jogo, teve sua situação facilitada aos 23min: mais uma vez, Carlos César fez uma falta violenta, desta vez sobre Fernandão. Levou o segundo cartão amarelo, o vermelho na sequência, e deixou sua equipe com um jogador a menos em campo. Cinco minutos depois, Michel marcou, de cabeça, após cruzamento de Chiquinho, mas foi marcado impedimento no lance.

A pressão continuava, mas o primeiro gol sairia somente aos 34min: Chiquinho cobrou o encanteio e a bola chegou em Iarley, que cruzou para Michel marcar, de cabeça. Quatro minutos depois, Tinga quase ampliou ao cabecear sobre o travessão. Aos 43min, Fernandão encobriu o goleiro numa bela jogada, mas Sabrosa salvou em cima da linha.

Depois da bronca pela quantidade de gols perdidos, os atletas colorados voltaram para a segunda etapa dispostos a golear. O resultado veio logo a 8min: Gustavo, que entrara em lugar de Fernandão, recebeu passe de Michel, dominou e bateu rasteiro, no canto, para fazer 2 a 0. Bolívar fez mais um poucos minutos depois, mas o auxiliar anulou o gol, alegando impedimento. Isso não impediu que o Colorado seguisse atacando. Aos 16min, Michel foi à linha de fundo e cruzou. Dentro da área, estava o predestinado Gustavo para fazer mais um: 3 a 0.

Renteria substituiu Chiquinho aos 27min. Cinco minutos depois, recebeu uma falta violenta de Luciano Vieira, que foi imediatamente expulso pelo árbitro Fabrício Neves Corrêa. Com nove jogadores em campo, ficou ainda mais difícil para o Passo Fundo impedir o massacre. Aos 45min, no último lance da partida, Jorge Wagner, que entrara em lugar de Tinga, fechou o placar em perfeita cobrança de falta: 4 a 0.

O Internacional chega à sua quinta vitória em sete rodadas do Campeonato Gaúcho e dispara na liderança do Grupo 1. Classificado, Abel Braga agora pode se dedicar, exclusivamente, à montagem do time que disputará a Libertadores.


Gauchão 2005
Internacional 4 x 0 Passo Fundo
Beira-Rio, Porto Alegre

Caxias 1 x 1 Internacional

Para enfrentar uma maratona de jogos pelo Campeonato Gaúcho, parecia óbvio que Abel Braga viria a escalar um time misto em algum deles. Pois foi assim contra o Caxias, no Centenário. E o resultado foi um jogo de pouca qualidade, em que o empate em 1 a 1 ficou de bom tamanho para ambas equipes, que pouco fizeram para merecer mais.

A partida ficou marcada por um lance ocorrido logo a 6min: na TV, não se pode confirmar se Michel foi desleal, mas o atacante do Internacional atingiu Rodrigo e o jogador caxiense precisou ser levado ao hospital, com suspeita de deslocamento de malar. A partir de então, o jogador colorado passou a ser visado tanto pelos adversários quanto por sua torcida. Aos 15min, foi empurrado por Wellington Monteiro dentro da área, mas o árbitro, certamente influenciado pelo clima ruim, preferiu não marcar o pênalti.

O gol colorado sairia na única boa chance da equipe na primeira etapa: aos 28min, Fabinho, jogando mais adiantado, fez belo passe para Fernandão que, de cabeça, encobriu o goleiro. O zagueiro ainda tentou evitar o gol, mas a bola já havia cruzado a linha, completamente: 1 a 0.

Somente aos 34min o time da casa, que abusava das jogadas ríspidas, chegou à meta de Clemer, que mandou para escanteio um cruzamento perigoso. Após a cobrança, o Inter recuperou a posse de bola, mas Renteria errou o passe e entregou a bola de presente para Eduardo, que entrou área adentro e chutou forte, rasteiro. Clemer falhou, a bola passou entre suas pernas e bateu em Fabiano Eller antes de ir para o fundo das redes: 1 a 1.

O Colorado voltou para o segundo tempo com Iarley em lugar de Michel. Mas não foi suficiente para mudar o panorama da partida. Logo a 6min, Altieri chutou de fora da área para boa defesa de Clemer. Cinco minutos depois, foi Renteria quem teve ótima chance de marcar, mas frente a frente com o goleiro Ricardo acabou mandando por cima da goleira. Aos 20min, o colombiano foi substituído por Gustavo, e o Colorado voltou a pressionar o adversário. No lance seguinte, Iarley avançou livre e bateu colocado, mas Ricardo fez grande defesa.

Pouco depois, Léo entrou em lugar de Chiquinho, e o Inter tomou conta do jogo. Aos 37min, Iarley fez ótima jogada individual e atrasou para Fernandão, que bateu colocado. Mais uma vez, Ricardo fez uma excelente defesa, mantendo a igualdade no placar. Antes que a partida chegasse ao fim, o Inter ainda teve mais uma boa chance para marcar, mas Léo de precipitou na conclusão a bateu à esquerda do gol. O empate, após 90 minutos de jogo, era um fato.

Não chega a ser um tropeço, mas ficou claro que o Internacional perdeu ótima chance de garantir a classificação para a próxima fase do Gauchão em Caxias. Abel Braga pode ter se quivocado ao escalar um meio de campo com Edinho, Fabinho e Perdigão, mas a escolha se justifica pela experimentação e pela deteminação de poupar os jogadores mais importantes. Neste domingo, a quipe enfrenta o Passo Fundo no Beira-Rio, e deve entrar em campo, novamente, com um time misto.

Exatamente como deve ser.


Gauchão 2005
Caxias 1 x 1 Internacional
Centenário, Caxias do Sul

Internacional 1 x 0 15 de Novembro

Como de costume no Campeonato Gaúcho, mais uma vez o Internacional enfrentou uma retranca jogando no Beira-Rio. Desta vez a do 15 de Novembro, do técnico Leandro Machado. E, mais uma vez, teve dificuldades para vencer. Por outro lado, pode-se dizer que Clemer foi mero espectador. Jogasse sem goleiro e o time de Abel Braga provavelmente não sentiria sua falta.

Porque a superioridade colorada, contra uma equipe que evitou jogar futebol, foi gritante. E o placar poderia, sim, ser mais dilatado não fosse a péssima atuação de Alexandre Barreto. Nem bem o jogo havia começado e Fernandão foi derrubado pelo goleiro Márcio dentro da área. O árbitro mandou seguir. Aos 5min foi a vez de Rudinei dar um tapa na bola, dentro da área, e desviar um cruzamento. Mais uma vez, o árbitro deu sequência ao lance, prejudicando significativamente a equipe colorada.

Com seus 10 jogadores de linha atrás da linha da bola, o 15 tratava, apenas, de se defender. Somente aos 16min o Inter conseguiu chegar com força no ataque: Ceará chutou forte, no ângulo, mas Márcio espalmou para escanteio. Aos 29min, foi a vez de Fernandão obrigar o goleiro a uma grande defesa. O time de Campo Bom só foi ameaçar no final da primeira etapa: aos 34min, Valdeir passou por Clemer, mas chutou para fora. Aos 44min, Bebeto cabeceou, após cobrança de escanteio, e o goleiro colorado segurou firme.

Mesmo na segunda etapa a situação se manteve: o Colorado tentava jogar, o 15 não deixava. Aos 7min, Fernandão teve boa chance dentro da grande área, mas chutou para fora. O gol sairia somente aos 23min, através do predestinado Michel: escalado na função de Tinga, vetado por dores musculares, o atacante aproveitou uma bela cobrança de escanteio de Ceará para, de cabeça, fazer o gol que daria a vitória ao time de Abel Braga.

Numa partida em que teve poucas oportunidades para marcar, o Internacional, ao menos, fez o dever de casa: venceu por um magro 1 a 0, mas garantiu a liderança de sua chave e está praticamente classificado para a fase seguinte do Gauchão.


Gauchão 2005
Internacional 1 x 0 15 de Novembro
Beira-Rio, Porto Alegre

Internacional 2 x 0 Caxias

A grande notícia do time do Internacional para o jogo frente ao Caxias, no Beira-Rio, era a volta de um de seus mais preciosos diamantes: Fernandão. Jogando como centroavante, o capitão colorado correspondeu às expectativas do técnico e marcou os dois gols da vitória do Colorado.

Mas não foi uma boa partida. Durante todo o primeiro tempo, somente uma equipe procurou jogar futebol: o Inter. Do outro lado, o Caxias contentava-se em marcar a equipe de Abel Braga incansavelmente. Na sua única falha (não de marcação, mas de saída de bola), o Inter quase marcou: aos 26min, Carlos Alberto errou o passe e entregou a bola de presente para Iarley, que avançou área adentro mas chutou para fora, desperdiçando uma grande oportunidade.

A situação mudou logo no início da segunda etapa: aos 3min, Iarley cruzou da direita e Fernandão, atrás dos zagueiros, marcou: 1 a 0. O gol fez com que a equipe caxiense procurasse marcar um pouco menos, para correr atrás do empate. O Colorado aproveitava os espaços, principalmente com Iarley pela esquerda e Léo, que entrara em lugar de Mossoró, pela direita.

Aos 15min, Élder Granja subiu ao ataque e cruzou da intermediária. A zaga falhou e, novamente, Fernandão estava atento para dominar e chutar para o fundo das redes do Caxias: 2 a 0, placar final.

Pode não ter sido uma grande exibição, mas o Internacional jogou o suficiente para vencer e assumir, mesmo que temporariamente, a liderança do seu grupo. Aos poucos, Abel Braga vai montando a equipe para a estréia na Libertadores da América. E a volta de Fernandão, sem dúvida, foi a grande notícia do dia.


Gauchão 2005
Internacional 2 x 0 Caxias
Beira-Rio, Porto Alegre