Thursday, September 14, 2006

E agora?



Passada a euforia da conquista da América, chega a hora de repensar o Internacional para a maior disputa de seus 97 anos de história: o Mundial Interclubes da FIFA, a ser disputado no final do ano, no Japão.

Temia-se que o grupo que venceu a Libertadores sofresse um desmanche. E, infelizmente, foi o que aconteceu. Bolívar foi o primeiro a anunciar sua saída, na véspera da decisão: estava contratado pelo Monaco, da França. Tinga deu adeus logo depois: já havia assinado contrato com o Borussia Dortmund, da Alemanha. Outros dois jogadores, Rafael Sóbis e Jorge Wagner, alvos de inúmeras especulações há meses, tiveram o mesmo destino: defenderão a camisa do Bétis, da Espanha.


E como fica o Internacional? Quem substituirá os campeões da América?

Índio, por muitos considerado o melhor zagueiro do plantel colorado, está apto a substituir Bolívar de pronto. Mesmo assim, o clube deve contratar um novo zagueiro para compor o grupo.

Adriano é o jogador mais indicado para substituir Tinga, que há muito vinha sendo um meia ofensivo, atuando pelo lado direito. A questão é que, apesar de Abel Braga ter plena confiança no jogador, a torcida não pensa o mesmo. Pesa mais ainda o fato de Gabiru não ter repetido no Colorado as grandes atuações da época de Altético Paranaense, que o levaram a uma transferência para a europa.

Vargas, contratado junto ao Boca Juniors, é quem chega com a missão de substituir o ex-motorzinho colorado. Diferente de Tinga, o colombiano joga pela esquerda, mas esbanja fôlego e determinação na meia-cancha. Deve ser um dos novos titulares de Abelão. Perdigão poderia ser uma boa opção, mas as expulsões infantis e a falta de concentração abreviaram a permanência do xodó da torcida entre os favoritos do técnico.

Hidalgo, ótimo lateral-esquerdo do Libertad, do Paraguai, foi contratado para assumir o lugar de Jorge Wagner tão logo tenha condições de jogo. O peruano, titular da seleção de seu país, é uma das grandes contratações do clube para este segundo semestre. A contratação de Hidalgo, por sinal, frustra os planos de Alex, que buscava na ala-esquerda a chance de chegar à Seleção Brasileira. O meia ficará de 30 a 40 dias parado, recuperando-se de uma lesão no púbis.


Depois de começar o ano com uma equipe, e mudá-la significantemente após a perda do título gaúcho para o eterno rival, Abel Braga conquistou a América com um time que aliava técnica e raça de forma quase perfeita. Com a taça no armário e a viagem ao Japão garantida, cabe ao técnico colorado a difícil tarefa de formar seu terceiro time na temporada. Um time que mantenha grandes possibilidades de chegar ao quarto título do Brasileirão. E não apenas: que também mantenha vivo, na cabeça do torcedor colorado, o sonho de conquistar o mundo no final do ano.

O que, convenhamos, não é pouco.

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